Emanuel desiste de diálogo sobre Saúde com Governo do Estado e se une a prefeitos

Assessoria

Ana Adélia Jácomo
Da Redação

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), anunciou nesta quarta-feira (10) uma ruptura de diálogo com o Governo do Estado no que se refere ao combate à pandemia do novo coronavírus (covid-19).

De acordo com ele, na próxima terça-feira (16) haverá uma reunião virtual com todos os demais 140 prefeitos de Mato Grosso, com a participação da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM). Serão definidas novas estratégias de contenção ao vírus.

Emanuel afirmou que o governador Mauro Mendes (DEM) não quer liderar o Estado e tem deixado a população à deriva e às cegas. Os desentendimentos entre ambos é público e notório e vem se agravando com o avanço da pandemia, principalmente por conta da falta de leitos hospitalares.

“Agora é necessária a união de todos. Esse vírus é muito violento e todos estamos no mesmo barco e expostos a ele com a mesma insegurança. As medidas têm que ser tomadas em conjunto. Não adianta Cuiabá fazer, se o Estado não sabe o que fazer e colapsa. A gestão estadual se perdeu. É necessário Mato Grosso se unir e como não temos um líder no plano estadual e o que está aí não quer e não sabe liderar, estamos às cegas”.

A Capital é responsável pela gestão plena de leitos clínicos e hospitalares. Os hospitais de Cuiabá sempre atenderam, em grande parte, pacientes do interior do Estado. Com a pandemia, diversas cidades já chegaram a seu limite máximo de pacientes, como por exemplo: Sorriso, Sinop e Tangará da Serra.

“O que adianta Cuiabá fazer o dever de casa e colapsar no interior? Vai estourar tudo em Cuiabá. Não tem leitos em diversas cidades. A liderança agora será feita pela Prefeitura de Cuiabá, com a ajuda da AMM, bancada federal e estadual, Ministério Público Estadual e Federal, Tribunal de Contas, Tribunal de Justiça e Câmara de Vereadores de Cuiabá. Vamos juntos nos unir, sem agressões, baixarias, mentiras e fakenews”, completou ele.

Governador culpa prefeitos

O governador Mauro Mendes tem atribuído o eminente colapso na saúde de Mato Grosso à má gestão por parte dos prefeitos. Segundo ele, Emanuel recebeu mais de R$ 47 milhões do Governo Federal para investir em ações contra a covid.

No entanto, não abriu nenhuma nova vaga de UTI. Mendes afirmou que irá abrir mais 30 leitos no Hospital Metropolitano, em Várzea Grande, e mais 30 aparelhos de UTI [respiradores e monitores] em cidades do interior. Nos municípios de Garra do Garças, Água Boa, Confresa, Tangará da Serra e Peixoto de Azevedo. As vagas serão divididas entre as cidades, com cinco leitos para cada. 

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