Cuiabá, 16 de Junho de 2024

SAÚDE E BEM ESTAR Quarta-feira, 22 de Maio de 2024, 14:20 - A | A

22 de Maio de 2024, 14h:20 - A | A

SAÚDE E BEM ESTAR / MAIO CINZA

Uso de cigarro eletrônico aumenta 600%; pneumologista alerta sobre impactos na saúde

De acordo com OMS, o tabagismo é a principal causa de morte evitável no planeta.

Redação
Única News



Nos últimos seis anos, o consumo de cigarros eletrônicos no Brasil cresceu 600%. Os dados são do Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica) e significa que quase três milhões de adultos são usuários dos também chamados vapes.

Ainda que a comercialização, importação e propaganda dos cigarros eletrônicos sejam proibidas no Brasil desde 2009, elas não têm sido suficientes e, inclusive, acendem outro alerta.

Conforme o estudo “Risco de iniciação ao tabagismo com o uso de cigarros eletrônicos: revisão sistemática e meta-análise”, conduzido pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) e publicado em 2022, o uso de cigarros eletrônicos aumenta em mais de três vezes o risco de experimentação do cigarro tradicional.

“O crescimento do uso de cigarros eletrônicos no Brasil é assustador. É preciso lembrar que conforme dados da OMS, o tabagismo é a principal causa de morte evitável do planeta e se o uso dos cigarros eletrônicos surgiu como uma suposta alternativa para cessar o uso dos cigarros tradicionais, sabemos hoje que isso não é bem verdade”, alerta a pneumologista Keyla Maia.

A médica, aliás, é a responsável técnica do Programa Inspirar, do setor de Medicina Preventiva do Viver Bem, da Unimed Cuiabá. Considerado um dos projetos mais bem-sucedidos da cooperativa, o Inspirar conta com equipe multidisciplinar formada por médicos, psicólogos, nutricionistas, enfermeiras e fisioterapeutas com o objetivo de cessar o tabagismo dos beneficiários do plano.

Na prática, o programa conta com uma série de reuniões entre equipe e participantes, além de auxílios que vão desde os alimentos que estes participantes consomem até exercícios que auxiliarão na recuperação pulmonar.

“Parar de fumar não é simples e não é fácil, mas é possível. E nossos dados do Inspirar corroboram com isso: 68% dos beneficiários que passaram pelo programa permanecem sem fumar após um ano ou mais de terem participado. É um índice muito positivo diante de um cenário como o que temos hoje no Brasil, principalmente com o aumento no uso dos cigarros eletrônicos”, afirma Keyla Maia.


Para Thiago Busarello, 35 anos, o Inspirar foi um divisor de águas. “Fumava desde os 14 anos e já havia tentado ao longo deste período parar de fumar algumas vezes, mas sem sucesso. O programa foi importantíssimo pra mim devido às palestras, dinâmicas, conversas e relatos dos participantes. Não é fácil, digo que é um leão por dia, porém com a ajuda dos profissionais da Unimed ficou mais fácil conseguir. Eu consegui e torço para que todos que possam se libertar desse vício”, afirma.

 

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