Por Andréia Sadi
(Foto: Paulo Whitaker / Reuters)
TV Bandeirantes reuniu em debate os candidatos Alvaro Dias (Pode), Cabo Daciolo (Patriota), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Jair Bolsonaro (PSL), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Ciro Gomes (PDT).
O primeiro debate presidencial na TV dividiu opiniões entre as campanhas dos principais candidatos, mas servirá de "termômetro" para "calibrar" a estratégia no horário eleitoral de Geraldo Alckmin, por exemplo.
O blog ouviu políticos e marqueteiros das principais campanhas. Aliados de Alckmin admitem que foi calculada a estratégia de o tucano evitar o confronto direto com Jair Bolsonaro, a quem considera seu principal adversário nesta primeira fase porque ele aposta no farto tempo de TV para "desconstruir" o adversário. De preferência, afirmam, nas peças em que Alckmin não apareça- os chamados spots, rápidas inserções.
A avaliação do QG tucano é a de que o eleitor tende a desconfiar da crítica ou ataque quando parte da boca de um político tradicional e em um momento em que o PSDB está desgastado por conta das denúncias de corrupção envolvendo seus principais líderes.
Por isso, a campanha de Alckmin avalia a melhor estratégia na TV para desidratar o adversário do PSL. Diz um aliado do tucano: "Alckmin ontem foi Alckmin. Excessivamente técnico. Se no debate foi pouco confronto, na propaganda pode haver mais".
A campanha tucana admite que Ciro Gomes (PDT) foi "claro" no debate. E que, se tivesse falado mais, teria "dado trabalho".
A avaliação de que falou pouco é uma das principais queixas de aliados do ex-governador do Ceará.
A vice de Ciro, senadora Katia Abreu, disse ao blog: "Não deixaram Ciro falar propositadamente . Entre a palavra inicial e a segunda vez que falou deu uma hora e 15. Ele é o mais objetivo", defendeu a aliada.
Sobre Bolsonaro, as principais campanhas avaliam que o candidato se preparou e diminuiu o tom em comparação com outras falas públicas, como a entrevista ao Roda Viva, e que ele se beneficiou com o "fator cabo Daciolo".
Avaliam, inclusive, que o candidato do Patriota lembrou, na atuação no debate quando em sintonia com Bolsonaro, a dobradinha que Aécio Neves (PSDB) fez com pastor Everaldo (PSC) em 2014. Naquela ocasião, o candidato do PSC fazia perguntas para ajudar o tucano.
Nas palavras de um assessor tucano, "levantava para Aecio cortar".
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