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CIDADES Domingo, 11 de Outubro de 2020, 15:17 - A | A

11 de Outubro de 2020, 15h:17 - A | A

CIDADES / SAIBA COMO TRATAR

Dermatite atópica tende a piorar com o calor intenso dos últimos meses

Vithória Sampaio
Única News



Com as temperaturas cada vez mais altas e uma forte onda de calor, o clima se tornou um grande vilão às pessoas que possuem “Dermatite Atópica”, que tendem a sofrer mais com os sintomas nesse período.

A dermatite atópica é uma doença genética, crônica e não contagiosa. Suas características são pele seca, erupções que coçam e crostas, além de outros sintomas, como, por exemplo: áreas esfoladas causadas por coceira, alterações na cor, vermelhidão ou inflamação da pele ao redor das bolhas, áreas espessas ou parecidas com couro, que podem surgir após irritação e coceira prolongadas.

Geralmente, trata-se de um quadro inflamatório da pele que vai e volta, podendo haver intervalos de meses ou anos, entre uma crise e outra.

O quadro clínico da dermatite atópica muda conforme a fase da doença. Pode ser dividido em três estágios: fase infantil (3 meses a 2 anos de idade), a pré-puberal (2 a 12 anos) e a adulta (a partir de 12 anos).

(Foto: reprodução)

Benicio

 

O site Única News conversou com Rayssa Amorim, 29 anos, mãe do Benício, de 6 anos, que foi diagnosticado com a doença quando tinha apenas 3.

“Com 1 ano, ele apresentou um hematoma no braço. Levei ao médico e ele disse que era por causa do calor, passou uma pomada, que sarou o hematoma e não voltou mais. Aos três anos, as lesões voltaram, dessa vez no corpo todo”, explicou.

Assustada, Rayssa levou o filho em alergistas, onde ele realizou todos os exames, que não deram em nada.

No dermatologista, o profissional deu o diagnóstico de cara. Fez novos exames para saber qual o melhor tratamento.

“A pele dele era muito ressecada, então, no início do tratamento, os banhos tiveram que ser diminuídos, era só um por dia, fazendo o uso de sabonete e shampoo, para que a pele dele não ficasse mais ressecada ainda”, explicou Rayssa.

Ela contou que muitas coisas tiveram que ser restringidas, para que o tratamento de Benício desse certo.

“Aqui em casa nunca mais usamos coisas artificiais, sabão em pó e amaciante, principalmente. Da descoberta pra cá, já tem melhorado bastante. Ele faz tratamento homeopático, tirando muitas coisas com glúten e, graças a Deus, tem dado certo”, conta.

Alguns fatores de risco para o desenvolvimento de dermatite atópica podem incluir: alergia a pólen, a mofo, a ácaros ou a animais, contato com materiais ásperos, exposição a irritantes ambientais, fragrâncias ou corantes adicionados a loções ou sabonetes, detergentes e produtos de limpeza em geral, roupas de lã e de tecido sintético; baixa umidade do ar, frio intenso ou calor e transpiração, infecções, estresse emocional e certos alimentos.

A dermatite piora nos períodos de calor intenso, principalmente nas áreas de dobras, porque o suor e a oclusão nessas áreas leva a um aumento da penetração dos alérginos do ambiente, o que leva a uma piora no quadro da doença. Em alguns casos, pode piorar com a ingestão de leite em pacientes que apresentam intolerância à lactose.

(Foto: reprodução)

Benicio

 

Durante uma conversa com o site Única News, a dermatologista Karin Krause comentou que é importante criar uma barreira da pele, usando hidratantes específicos para pele muito seca, bem como evitar banhos quentes e excesso de sabão na pele, ajudando a previnir o ressecamento da pele.

“Devido à pele ressecada, a base do tratamento é o uso de emolientes, também chamados de hidratantes. Isso porque a hidratação da pele é necessária para aliviar o eczema”, explicou.

A maioria das causas do problema é tratada com medicamentos tópicos, que são colocados diretamente sobre a pele ou no couro cabeludo do paciente. O ideal é tomar duchas frias ou mornas, pois a água quente resseca ainda mais a pele, que já é seca na dermatite atópica. Também se deve usar sabonetes especiais, sintéticos, antirressecamento, respeitando o pH da pele.

“É preciso seguir à risca as orientações e jamais se automedicar. Também não se deve interromper o uso do medicamento sem consultar o médico antes e, tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita”, finalizou a dermatologista.

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