Keka Werneck
Única News
Dar um chacoalhão nas pessoas para que entendam a gravidade da escalada da Covid-19 em Mato Grosso. Esta foi a intenção do governador Mauro Mendes (DEM), com o decreto considerado rígido, anunciado na segunda-feira (1), ditando regras que começaram a valer na quarta (3), entre elas o toque de recolher, das 21h às 5h da manhã. Ele disse isso em entrevista à TVCA, afiliada da Rede Globo, no início desta noite (5).
Questionado sobre a rigidez do decreto, o governador respondeu que ele divide opiniões. “Tem gente que acha que é muito, tem gente que acha que é pouco. Mas nós precisávamos chamar a atenção da população, dar um chacoalhão nas pessoas, para que elas compreendam o que está acontecendo no Brasil inteiro e em Mato Grosso é grave. Vacina não tem para todo mundo. Governo Federal não conseguiu comprar”, avisou o governador. Ele reforçou que dinheiro Mato Grosso tem para comprar doses, mas não consegue. Relatou que foi a Brasília, conversar com laboratórios, mas até agora os lotes estão chegando em partes e aos poucos.
A gravidade da situação de Mato Grosso, segundo ele, se mede também pela lotação das UTIs. A taxa de ocupação está em 96,45%. Só há no momento 20 leitos intensivos disponíveis.
O governador descartou a instalação de mais UTIs e ressaltou que, desde o início da pandemia, o número de leitos intensivo subiu de 124 para 482, na Capital e interior, e que somente nos três primeiros meses deste ano, foram entregues 90 novos. Mauro descartou a instalação de Hospital de Campanha, porque acredita que não haverá profissionais qualificados. “O problema no momento é gente”. Ele também disse que houve chamamento aberto por 5 meses, sem o Estado conseguir contratar, médicos, enfermeiros e outros profissionais da Saúde.
O governador chamou a atenção da população, relembrou que o vírus só circula no contato entre as pessoas e, por isso, o isolamento social é tão importante nesse momento.
Alegou, aos que acham o decreto muito rígido, que em outros estados as decisões foram até piores, com fechamento de tudo e consequências sociais e econômicas “muito ruins”. Assegurou que está fazendo de tudo para não ter que enrijecer medidas ainda mais aqui.
“É hora de colaborar”, apelou: “Se precisa trabalhar, vá, mas de máscara”. O governador citou Deus, para que nos proteja, e disse que se todos fizerem “o dever de casa” poderemos salvar centenas ou até milhares de vidas.
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