03 de Dezembro de 2024
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JUDICIÁRIO Domingo, 03 de Novembro de 2024, 16:45 - A | A

03 de Novembro de 2024, 16h:45 - A | A

JUDICIÁRIO / FRAUDES NA UNIMED CUIABÁ

Alvos de investigação sobre “rombo” de R$ 400 milhões tinham grupo exclusivo no WhatsApp

Segundo o juiz federal Jeferson Schneider, alvos da “Operação Bilanz” usavam grupo para discutir estratégias de defesa.

Ari Miranda
Única News



No alvará de soltura dos seis membros do alto escalão da Unimed Cuiabá, presos na última quarta-feira (30/10) durante a deflagração da Operação Bilanz, da Polícia Federal, que investigou um desvio de R$ 400 milhões dos cofres da Unimed Cuiabá, o Ministério Público Federal em Mato Grosso (MPF-MT) revelou que os alvos da ação tinham um grupo exclusivo de WhatsApp, onde discutiam estratégias de defesa das acusações de fraude fiscal dentro da cooperativa.

Além do médico e ex-presidente da Unimed Cuiabá, Rubens Carlos Oliveira Júnior, também foram presos o ex-CEO da entidade, Eroaldo de Oliveira; a ex-diretora administrativa financeira, Suzana Aparecida Rodrigues dos Santos Palma; a ex-superintendente administrativa-financeira, Ana Paula Parizzotto; a contadora Tatiana Bassan; e a advogada Jaqueline Larréa.

Segundo o documento, a descoberta do grupo pelo MPF durante verificação no celular da ex-superintendente da cooperativa, Ana Paula Parizotto, o que para as autoridades, era um indício de que se o grupo fosse mantido em liberdade, poderia prejudicar as investigações.

Todavia, Rubens, Ana Paula e os demais envolvidos no esquema foram soltos pelo juiz federal Jeferson Schneider, da 5ª Vara Federal de Cuiabá, que determinou na mesma decisão que a PF faça um relatório com o teor das conversas extraídas do grupo de WhatsApp.

ESQUEMA REVELADO EM ASSEMBLEIA

A Operação Bilanz, da Polícia Federal, investiga um “rombo” de R$ 400 milhões de reais ocorrido entre os anos de 2019 e 2023 na Unimed Cuiabá, envolvendo membros da direção da cooperatlva – entre eles, o médico Rubens Junior, que à época estava à frente da presidência da cooperativa.

Conforme noticiado pelo Única News, a revelação do esquema fraudulento ocorreu no dia 4 de março de 2023, durante uma assembleia de cooperados da Unimed na capital.

Ao pegar o microfone para fazer o uso da palavra, a contadora e ex-gerente de Controladoria da Unimed Cuiabá entre os anos de 2014 e 2023, Maria Gladis dos Santos, disse abertamente que foi coagida e obrigada pelos então diretores da entidade – entre eles o presidente Rubens Junior - a assinar um balanço contábil com dados falsos, referente as contas de 2022, destacando que, caso discordasse da ordem, seria demitida.

Durante sua fala, a profissional de contabilidade se posicionou contra a fraude após a leitura de um parecer da auditoria independente e do Conselho Fiscal da cooperativa, que apontou gravíssimas inconsistências no Balanço Patrimonial apresentado por Eroaldo Oliveira, ex-CEO da Unimed Cuiabá.

A revelação causou alarde e revoltou os participantes da assembleia, que reprovaram por maioria o balanço e, de quebra, exigiram um “pente fino” nas contas da entidade, momento em que o caso foi parar na Justiça.

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