Thays Amorim
Única News
Jaíra Gonçalves de Arruda Oliveira, de 43 anos, madrasta e acusada de matar envenenada Mirella Poliane Chue de Oliveira, de 11 anos, enfrenta Júri Popular na manhã desta quinta-feira (09), no Fórum de Cuiabá. O crime ocorreu no dia 14 de junho de 2019.
A acusada foi indiciada por homicídio duplamente qualificado, praticado por envenenamento e motivo torpe. As investigações da Polícia Judiciária Civil (PJC) apontaram que ela teria cometido o crime sozinha, sem auxílio de outra pessoa.
O inquérito aponta ainda que o pai da vítima não teve envolvimento direto e que ele teria sido induzido a erro pela mulher. A madrasta conduzia e tinha controle de todas as situações na família – financeira, educação, saúde e demais cuidados com a criança.
O trabalho investigativo apontou ainda a suspeita de que a madrasta teria envenenado o avô paterno da vítima, Edson Emanoel. No curso das diligências, a Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente solicitou exames que constataram a possibilidade da morte do homem ter sido causada por envenenamento – ocorrida em março de 2018. A vítima morava com o avô e, com a morte dele, a menina passou a ficar com a indiciada.
Entretanto, o laudo de necropsia não apontou para o envenenamento do avô de Mirella. A suspeita segue detida desde o crime.
O caso
A investigação aponta que a madrasta matou a criança com uso de um veneno com venda proibida, ministrando gota a gota, em pequenas doses durante dois meses, entre abril e junho de 2019.
No dia 14 de junho de 2019, a vítima Mirella Poliane Chue de Oliveira, de 11 anos, faleceu de causa até então indeterminada. A vítima deu entrada em um hospital particular, já em óbito. Inicialmente houve suspeita de meningite, bem como de abuso sexual, pois havia inchaço na genitália, mas depois foi descartado o abuso durante a necropsia do Instituto de Medicina Legal (IML), da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
Conforme os delegados, as investigações apontam para autoria da madrasta. "Notamos que a menina era envenenada a conta gotas, ou seja, ela ia dando um pouquinho do veneno, para não aparecer, porque chega no hospital, a criança está passando mal, morre de causa indeterminada, por alguma infecção, pneumonia, meningite, como muitas vezes suspeitaram", salientam.
Os delegados informaram que todas as vezes que a menina passava mal era socorrida e levada ao hospital, lá ficava internada 3 a 7 sete dias e melhorava, em razão de ter cessado a administração do veneno. Mas ao retornar para casa, voltava a adoecer novamente. O sofrimento durou cerca de dois meses, em que a menina ficou internada por nove vezes em hospitais particulares.
Na última vez que foi parar no hospital, a menina chegou já em óbito. Por conta disso, o hospital não quis declarar o óbito, mas suspeitava de ser meningite. Nessa ocasião, foi acionada a Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), que diante de falta de evidências sobre morte violenta, requisitou vários exames por precaução, em um desses exames periciais foi detectado a substância venenosa no sangue da menina.
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