06 de Julho de 2025
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JUDICIÁRIO Quinta-feira, 09 de Dezembro de 2021, 08:34 - A | A

09 de Dezembro de 2021, 08h:34 - A | A

JUDICIÁRIO / POR CAUSA DE HERANÇA

Madrasta que matou criança de 11 anos envenenada enfrenta Júri Popular nesta quinta, 09

Thays Amorim
Única News



Jaíra Gonçalves de Arruda Oliveira, de 43 anos, madrasta e acusada de matar envenenada Mirella Poliane Chue de Oliveira, de 11 anos, enfrenta Júri Popular na manhã desta quinta-feira (09), no Fórum de Cuiabá. O crime ocorreu no dia 14 de junho de 2019.

A acusada foi indiciada por homicídio duplamente qualificado, praticado por envenenamento e motivo torpe. As investigações da Polícia Judiciária Civil (PJC) apontaram que ela teria cometido o crime sozinha, sem auxílio de outra pessoa.

O inquérito aponta ainda que o pai da vítima não teve envolvimento direto e que ele teria sido induzido a erro pela mulher. A madrasta conduzia e tinha controle de todas as situações na família – financeira, educação, saúde e demais cuidados com a criança.

O trabalho investigativo apontou ainda a suspeita de que a madrasta teria envenenado o avô paterno da vítima, Edson Emanoel. No curso das diligências, a Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente solicitou exames que constataram a possibilidade da morte do homem ter sido causada por envenenamento – ocorrida em março de 2018. A vítima morava com o avô e, com a morte dele, a menina passou a ficar com a indiciada.

Entretanto, o laudo de necropsia não apontou para o envenenamento do avô de Mirella. A suspeita segue detida desde o crime.

O caso

A investigação aponta que a madrasta matou a criança com uso de um veneno com venda proibida, ministrando gota a gota, em pequenas doses durante dois meses, entre abril e junho de 2019.

No dia 14 de junho de 2019, a vítima Mirella Poliane Chue de Oliveira, de 11 anos, faleceu de causa até então indeterminada. A vítima deu entrada em um hospital particular, já em óbito. Inicialmente houve suspeita de meningite, bem como de abuso sexual, pois havia inchaço na genitália, mas depois foi descartado o abuso durante a necropsia do Instituto de Medicina Legal (IML), da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).

Conforme os delegados, as investigações apontam para autoria da madrasta. "Notamos que a menina era envenenada a conta gotas, ou seja, ela ia dando um pouquinho do veneno, para não aparecer, porque chega no hospital, a criança está passando mal, morre de causa indeterminada, por alguma infecção, pneumonia, meningite, como muitas vezes suspeitaram", salientam.

Os delegados informaram que todas as vezes que a menina passava mal era socorrida e levada ao hospital, lá ficava internada 3 a 7 sete dias e melhorava, em razão de ter cessado a administração do veneno. Mas ao retornar para casa, voltava a adoecer novamente. O sofrimento durou cerca de dois meses, em que a menina ficou internada por nove vezes em hospitais particulares.

Na última vez que foi parar no hospital, a menina chegou já em óbito. Por conta disso, o hospital não quis declarar o óbito, mas suspeitava de ser meningite. Nessa ocasião, foi acionada a Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), que diante de falta de evidências sobre morte violenta, requisitou vários exames por precaução, em um desses exames periciais foi detectado a substância venenosa no sangue da menina.

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