DA REDAÇÃO
Reprodução / Internet

Em depoimento desde as 10h da manhã de hoje à juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, o ex-secretário de Administração do Estado, na gestão passada e delator, Pedro Elias Domingos, revelou que o filho do ex-chefe do Poder Executivo, Rodrigo Barbosa obtinha quase que 85% das propinas pagas pelas empresas arroladas nas investigações da Operação Sodoma. Também deve prestar esclarecimentos, o ex-secretário da Casa Civil, Pedro Jamil Nadaf, preso no Centro de Custódia da Capital (CCC).
Na audiência o ex-gestor teria afirmado ser o “recolhedor” do dinheiro sujo, passando mais da metade dos valores para Rodrigo, lucrando apenas 15% conforme acordado com demais membros da organização criminosa.
Segundo as informações, cerca de R$ 170 mil foram pagos pelo empresário Julio Tisuji, dono da empresa Webtech a Pedro Elias, em troca de obras superfaturadas. Com isso, o filho do ex-governador teria ficado com R$ 595 mil e Pedro Elias com R$ 150 mil, conforme declaração do próprio empresário.
Em contrapartida, o ex-secretário de Administração, afirmou ter recebido R$ 510 mil da Webtech. Isto é R$ 76,5 mil, enquanto Rodrigo Barbosa teria lucrado aproximadamente R$ 433,5 mil.
Em lágrimas, Pedro Elias pediu desculpas pela participação no esquema e se comprometeu a devolver pelo menos R$ 2,05 milhões aos cofres públicos.
Ele e o médico Rodrigo Barbosa foram presos na 3ª fase da Operação Sodoma, mas receberam liberdade em março deste ano.
A defesa de Pedro Nadaf acredita em uma possível soltura, após a audiência desta segunda-feira (29), uma vez que o cliente tem colaborado constantemente com a Justiça, mesmo sem ter firmado termo de colaboração premiada.
Foto: Marcus Mesquita/MidiaNews

Atualizada (17:20)
Conforme o ex-secretário chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, o ex-governador Silval Barbosa "chegou até a entregar propina para o filho Rodrigo Barbosa dentro de um dos banheiros do Palácio Paiaguás".
Nadaf revelou ainda que Silval teria trasnferido o ex-secretário César Zílio (Administração), após desconfiar que o mesmo não estaria agindo de acordo com o combinado.
A exemplo de outras acusados na ação, Nadaf pediu desculpas e afirmou devolver uma quantia considerável aos cofres do Estado.
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