Ari Miranda
Única News
Situada no bairro CPA 4, em Cuiabá, a Escola Estadual Padre João Panarotto, que nesta quinta-feira (31/10) teve seu diretor preso durante a Operação “Lobo Mau”, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (de Gaeco) de São Paulo, registrou denúncias de pedofilia envolvendo outro educador da unidade escolar no ano de 2023.
Na operação policial desta quinta, o Gaeco-SP investigou o envolvimento do professor de história Elson Bosco Ojeda, que atuava como gestor da escola, em uma rede de produção, armazenamento e compartilhamento de material pornográfico infantil na internet. Segundo as investigações, os materiais eram distribuídos em grupos de fechados de troca de mensagens, como WhatsApp, Telegram, Instagram, Signal e até em jogos, como o Roblox.
Todavia, esta não é a primeira vez que um educador da escola aparece nas páginais policiais.
Conforme noticiado pelo Única News em 3 de agosto do ano passado, um grupo de pais de alunas da unidade de ensino denunciou um professor de Artes, que não teve a identidade revelada, pelo crime de assédio sexual às suas filhas.
Segundo a Polícia Civil, entre os dias 28 de junho e 2 de agosto de 2023, quatro boletins de ocorrência haviam sido registrados pelos pais das jovens aliciadas pelo educador, relatando os supostos atos de importunação sexual cometidos pelo docente em datas anteriores.
Em um dos casos, foi relatado que o educador teria enviado uma foto de seu órgão genital para uma das vítimas, uma adolescente, que não teve a identidade revelada.
A prisão do professor de artes ocorreu após uma mãe ir até uma base da Polícia Militar e relatar que a filha tinha sido importunada sexualmente pelo professor de artes.
Com a denúncia, uma viatura da PM foi até a Escola João Panarotto e prendeu o docente, que foi conduzido ao Plantão de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica e Sexual da Capital.
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) informou à época que a Diretoria Regional de Educação (DRE) de Cuiabá abriu um Procedimento Administrativo (PAD) para apurar a conduta do professor.
Reprodução
No detalhe, o professor Elson Ojeda, preso durante a Operação "Lobo Mau".
“LOBO MAU”
Ao manter a prisão do diretor Elson Ojeda, o juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, do Núcleo de Audiência de Custódia de Cuiabá, entendeu como necessária a prisão do educador para garantia da ordem pública.
Durante a deflagração da operação, foram apreendidos 13 HDs externos, celulares, CPU e afins. Em pré-analise e visualização feita por peritos da Politec, foram encontrados armazenados nos dispositivos vários arquivos de pornografia infantil.
Se passando por menores, a rede de pedofilia induzia crianças e adolescentes a produzirem conteúdo de exploração sexual, especialmente estupro de vulnerável, e depois armazenavam e comercializavam o material, contendo cenas de sexo e nudez de menores por meio dos grupos de mensagens.
"Com essas considerações, com fulcro no art. 310, inciso II, do CPP, converto a prisão em flagrante de Elson Bosco Ojeda em prisão preventiva, já que presentes os requisitos constantes do art. 312 e 313, incisos I ambos do Código de Processo Penal, já que, para a hipótese, as medidas cautelares diversas à prisão revelam-se inadequadas e insuficientes", decidiu o magistrado.
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