Cuiabá, 25 de Abril de 2024

POLÍCIA Quarta-feira, 16 de Setembro de 2020, 12:40 - A | A

16 de Setembro de 2020, 12h:40 - A | A

POLÍCIA / VEJA VÍDEO

Pai de menor que atirou em Isabele rompe silêncio: ‘Não tem do que arrepender. Foi acidente’

Elloise Guedes
Única News



O empresário Marcelo Cestari, pai da adolescente B.O.C., de 15 anos, responsável pela morte de Isabele Guimarães, de 14 anos, quebrou o silêncio dois meses após o crime e concedeu entrevista à imprensa, na manhã desta quarta-feira (16).

O empresário foi questionado pelos jornalistas se sua filha estaria arrependida pelo crime. "Arrependida do que? Ela não usou a arma. Foi um acidente que aconteceu. Quando falo ‘acidente’ é no sentido estrito da palavra, não no sentido técnico. Foi um infeliz acidente, onde ela perdeu a melhor amiga dela”, disse.

Em relação à hipótese de que a menina teria fugido ao saber da ordem de apreensão, na noite de terça-feira, Cestari negou. Segundo ele, “não existe criminoso e tudo foi um infeliz acidente”.

“Não existe nenhum criminoso, nenhuma pessoa que queira fugir ou alguma coisa. Estamos prestando satisfação a todo momento para a Justiça”, disse.

Marcelo chegou por volta das 10h40 ao Centro Socioeducativo Menina Moça, ala feminina do Pomeri, onde a filha estava internada desde a noite de terça. Ele foi buscá-la, após a Justiça determinar sua liberdade.

O empresário contou que no dia do suposto acidente pediu perdão e deu um abraço em Patrícia Ramos, mãe de Isabele. "No dia, eu pedi perdão pra mãe e dei um abraço muito forte nela. Eu tentei contato com a família no dia velório, através de um tio dela, mas essa porta foi fechada. Acredito que um dia a gente vai sentar e conversar".

Ainda durante a entrevista, Marcelo disse que não tinha falado com a imprensa antes em respeito à Justiça e às investigações. Agora que o inquérito foi concluído, ele pode “começar a falar”.

“Em respeito à justiça, em respeito ao delegado e o inquérito, eu não queria tumultuar, trazer nenhum transtorno. Estamos sendo colaborativos e não existe nenhum criminoso, ninguém quer fugir”, ressaltou o empresário.

Em relação às armas que foram encontradas em sua casa, Marcelo negou que estavam em cima da mesa “espalhadas”, como relataram testemunhas durante as investigações.

"Eu dei manutenção nas armas, uma a uma. Não existe essa história de ficar várias armas sobre a mesa, isso nunca existiu e nunca teve. Tanto é que quando falam pra mim para guardar a arma, eu peço de imediato para guardar. Então é uma incoerência falar que a gente atuava de forma displicente", argumentou.

O advogado Artur Osti, que faz a defesa da família Cestari, alegou que a apreensão de B. foi ilegal. Na manhã desta quarta-feira, a Justiça concedeu Habeas Corpus Liberatório, determinando a soltura da menor do Centro Socioeducativo.

A justiça, em decisão emergencial, cassou o pedido de apreensão feito pela juíza Cristiane Padim da Silva, da 2ª Vara da Infância e Juventude do TJMT.

B.O.C. passou a noite no Centro, que é anexo ao Complexo Pomeri, no bairro Carumbé. Agora, ela responderá em liberdade.

Veja vídeo:

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