Kamila Arruda
Única News
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (20), em Sorriso, a segunda fase da Operação Rustius, com o objetivo de apurar indicios de caixa 2 na campanha eleitoral do prefeito eleito de Sorriso, Alei Fernandes (União).
Os policiais federais cumpriram três mandados de busca e apreensão expedidos pelo Juiz Eleitoral de Garantias do Núcleo I – TRE/MT. A ação visa coletar novos elementos que auxiliem na apuração dos fatos.
Os elementos de informação colhidos no inquérito policial indicam que várias transações financeiras, afetas a campanha do liberal, foram realizadas de forma ilegal.
A fraude teria ocorrido para ocultar gastos da campanha eleitoral que, caso contabilizados na prestação de contas, ultrapassariam o limite de gastos permitido pela legislação.
"Os elementos colhidos no inquérito indicam que o limite de gastos para a campanha eleitoral estabelecido na legislação foi ultrapassado na campanha de um candidato à Prefeitura da cidade e que, por isso, foi necessária a utilização de artifícios para a não-computação dos gastos excedentes. Os indícios apontam que um candidato, utilizando uma empresa, teria realizado um empréstimo de valor superior ao teto permitido para utilização na campanha e esse valor teria sido pulverizado em quantias menores e enviados para contas de laranja de realizarem doações oficiais", explicou o delegado Tiago Pacheco.
Segundo ele, o valor excedente teria sido utilizado em serviços não contabilizados ou em serviços contabilizados na prestação de contas de campanha de vereadores.
"Diversos cabos eleitorais que prestaram serviço para a campanha do candidato a prefeito foram declarados na prestação de contas de candidatos a vereador, fazendo um esquema de triangulação, na qual o valor era recebido pela campanha do candidato a vereador, mas era utilizado pela campanha do candidato a prefeito, de modo a burlar o sistema de fiscalização e de controle eleitoral", continuou do chefe da Operação.
Além disso, alguns cabos eleitorais teriam sido pagos com dinheiro em espécie, empresas de dados e pesquisas teriam prestado serviços não contabilizados e pessoas jurídicas teriam sido utilizadas nas doações ilegais. "Dessa forma, teria ocorrido abuso do poder econômico na disputa eleitoral na cidade. As investigações prosseguem. Até o momento, 17 pessoas foram formalmente indiciadas pelo crime tipificado no artigo 350 do Código Eleitoral, popularmente conhecido como Caixa 2, com pena de até 5 anos de reclusão", finalizou.
A primeira fase da Operação foi deflagrada em dezembro passado e teve como principal alvo o agricultou Nei Francio, um dos principais financiadores da campanha de Alei, eleito com 25.255 votos, 51,33% dos votos válidos .
Na ocasião, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão, e o agricultor foi alvo de medidas cautelares como entrega de passaporte, proibição de sair da cidade e o impedimento de contato com outros envolvidos na investigação.
Segundo a polícia, as investigações começaram dias antes das eleições, quando a polícia apreendeu R$ 300 mil na noite de 3 de outubro, três dias antes das eleições. O dinheiro era transportado pelo agricultor que apoiava o prefeito eleito, na BR-163, em Sorriso.
Com assessoria
ENTRE EM NOSSO CANAL AQUI
RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS NO WHATSAPP! GRUPO 1 - GRUPO 2 - GRUPO 3