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POLÍTICA Sexta-feira, 20 de Julho de 2018, 08:20 - A | A

20 de Julho de 2018, 08h:20 - A | A

POLÍTICA / PODE VOLTAR A PRISÃO

Arcanjo terá que provar à Justiça que não violou as regras do regime semiaberto

Da Redação



(Foto: divulgação)

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A audiência de justificação do ex-bicheiro, João Arcanjo Ribeiro, foi marcada para o próximo dia 2 de agosto, às 14h30, pelo juiz da 2ª Vara Criminal de Cuiabá, Leonardo Pitaluga. O réu deverá fazer sua defesa sobre as denúncias de que estaria violando as ordens do regime semiaberto. E se comprovado sua culpa, Arcanjo corre risco de retornar a prisão.

 

O magistrado ainda emitiu um oficio para a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) para que apure as suspeitas.

 

"Ante o noticiado na petição de fls. 1.715/1.728 e 1746/1.750, designo audiência de justificação para o dia 02 de agosto de 2018, às 14h30. Intime-se o penitente e sua defesa. Ainda, em razão de as notícias trazidas nos autos tratarem-se de crimes, em tese, extraia-se cópias das aludidas petições e documentos que as acompanharam, enviando-as, mediante ofício, ao GCCO, para apuração", decidiu o magistrado.

 

O delegado que responde interinamente pela GCCO, Luiz Henrique Damasceno, confirmou que no último dia 10, foram encontradas anotações com o nome de Arcanjo e da sua ex-esposa, durante apreensão de 50 máquinas de passar cartão, registrando as apostas do jogo do bicho, porém, limitou-se a dizer que “existe uma citação, um nome solto, nada de concreto ainda, estamos investigando”.  

 

No total foram presos seis homens ao fechar duas centrais de jogo do bicho na Capital, uma na região central de Cuiabá no dia 10 e outra no bairro Campos Elísios no dia 12. Porém, dois deles foram liberados e devem responder a um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por contravenção penal. 

 

Após denúncias anônimas de que cartões de créditos estavam sendo clonados, os policiais civis foram até os locais e comprovaram a existência das centrais, descobrindo que eram locais utilizados para a prática de jogo do bicho.

 

Nas décadas de 80 e 90, Arcanjo era considerado o Imperador do crime organizado, dono s centenas de pontos de jogos do bicho em Mato Grosso e proprietário de inúmeros máquinas caça-níqueis. Julgado por vários crimes, dentre eles de ter sido mandante da morte do ex=empresário Sáavio Brandão. Morto em setembro de 2002 com cinco tiros, na frente do jornal Folha do Estado. Por este e outros crimes como contravenção penal, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro, ele recebeu uma condenação de mais de 70 anos de prisão. Ele foi solto recentemente depois de cumprir 1/6 da pena

 

A assessoria jurídica da promotora de Justiça, Josane Fátima de Carvalho Guariente, disse que não tem informação concreta sobre violações das condições impostas a Arcanjo.

 

"Com relação à fiscalização do cumprimento da pena, o que se tem a informar é que, por enquanto, não chegou a esta Promotoria nenhuma informação concreta a respeito de violações condizentes às condições impostas ao recuperando, ressaltando que, caso surja alguma notícia que implique na inobservância de tais obrigações, por ele assumidas, quando progrediu ao semiaberto, as providências, certamente, serão tomadas, em sede de execução penal", declarou.

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