Euziany Teodoro
Única News
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), pedirá que o governador Mauro Mendes (DEM) suspenda o retorno presencial às aulas na rede estadual previsto para 8 de fevereiro. Segundo ele, “do jeito que está hoje, não dá”.
As aulas presenciais foram suspensas em 23 de março de 2020, tão logo foi confirmado o estado de pandemia no Brasil. Desde então, alunos estão em aulas online e a discussão sobre o retorno presencial já dura meses.
“Eu acho que do jeito que está hoje, não deve voltar, mas vamos fazer uma avaliação até o final de janeiro. Se continuar como estamos agora, pois Mato Grosso está aparecendo no vermelho, como estado de alerta, acho que não deve voltar às aulas. Vamos fazer essa sugestão para o governador e o secretário de Educação. Temos que estar atentos se vai ter condições de atender os doentes, isso sim”, disse Botelho.
O deputado se reuniu com a diretoria do Hospital Estadual Santa Casa essa semana e disse que os casos de covid-19 estão aumentando cada vez, sendo que a unidade já alcançou, em alguns dias, 90% de lotação recentemente.
“O que temos de informação é que está crescendo o número de pessoas. A contaminação voltou a aumentar. A diretoria da Santa Casa já está preocupada, porque lá já está chegando no limite também, cerca de 90% de lotação, e isso não é bom”.
Os deputados enviaram um requerimento ao Governo do Estado para saber em que pé está o plano de vacinação contra o coronavírus. “Estamos no processo de começar a vacinação, então queremos saber o que o Estado está fazendo, qual o planejamento do Estado para a questão de logística, como vai ser tudo isso. É isso que nós queremos acompanhar, porque entendemos, está bem claro para todo mundo, que a única solução para esse vírus é a vacina, tanto que o mundo inteiro já começou a vacinar e nós também temos que vacinar. Não tem outro caminho a não ser começar a vacinação urgente”, disse.
Para Botelho, qualquer ação é válida para impedir um novo lockdown, que só prejudicaria ainda mais as atividades econômicas.
“Não queremos novamente ter que fazer um lockdown, que é o mais cruel para todos. Já pensou fechar o comércio novamente? O mal que vai causar para essas pessoas que dependem disso? Então é isso que temos que trabalhar urgentemente: para que tenhamos condições de atender as pessoas e não chegar nessa situação de ter que fazer um lockdown”, finalizou.
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