Rayane Alves e Marisa Batalha
(Foto: Mauricio Cruvivel)
“Nosso esforço será manter os deputados estaduais no partido”. Essa foi a afirmação do deputado federal e presidente regional do Partido Socialista Brasileiro, Valtenir Pereira, com relação a saída ou manutenção dos quatro membros que ainda permanecem na sigla, após a saída da legenda dos deputados federais Fábio Garcia e Adilton Sachetti.
A informação foi dada pelo deputado federal socialista, que atualmente comanda o PSB no Estado, nesta última sexta-feira (27), durante a inauguração da obra da Unidade Básica de Saúde (UBS), no Residencial Santa Terezinha/Itapajé, quando acompanhava o prefeito peemedebista, Emanuel Pinheiro no evento.
Valtenir sabe, entretanto, que ainda deverá conviver com muito descontentamento interno - que há tempos já se delineou com potencial de alta periculosidade - já que os outros parlamentares como o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, Mauro Savi, Oscar Bezerra e Professor Adriano já se posicionaram publicamente contra o seu comando.
Os dois deputados federais deixaram o PSB no dia 25 de outubro, após várias rusgas e embates internos. (25). Iniciado pelo parlamentar Fábio Garcia, na época presidente do Diretório da legenda em Mato Grosso, após se posicionar contra diretrizes do partido e votar a favor da reforma trabalhista. Sachetti estava de licença na época da votação.
Além de Garcia, os deputados Danilo Forte (CE), Fernando Coelho Filho (PE) e Tereza Cristina (MS) também descumpriram a ordem do partido, além de também desapontarem os dirigentes, votando contra a abertura do processo penal do presidente da República Michel Temer (PMDB).
Eles somente poderiam deixar a legenda, por vontade própria, no período da janela partidária, prevista para março do ano que vem. Entretanto, os parlamentares receberam autorização para deixar a legenda. Em Mato Grosso, Garcia e Sachetti já estariam de malas prontas para migrarem para o DEM.
Com a punição, na época, pela postura contrária ao partido, Garcia foi tirado da presidência e o comando passou para as mãos do deputado federal Vatenir Pereira, que saiu do PMDB para comandar a legenda em Mato Grosso. A escolha da Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB, desagradou a cúpula socialista que iniciou um processo de protesto, com a promessa de saírem em grupo para outra sigla.
Buscando agora contornar as arestas, Valtenir tem tentando construir um novo diálogo com seus correligionários. Uma reunião entre a Executiva Nacional prevista para ocorrer nesta última quinta-feira (26), foi suspensa. A direção que iria deliberar sobre o parecer da Comissão de Ética do partido por conta de conflitos ideológicos, acabou se tornando desnecessária com a saída dos deputados Fábio Garcia e Sachetti do time socialista.
De acordo com Valtenir, o objetivo agora é criar uma unidade partidária em Mato Grosso, para manter a mesma base que elegeu o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB). 'Vamos discutir em casa para montar as estratégias e projeto político para 2018. Depois que exaurir todo o diálogo da permanência. Mas, sabemos que o partido não ficará fraco e nem mesmo a bancada na Assembleia Legislativa ficará prejudicada porque temos um plano B', afirmou.
Liminar
O deputado federal Fábio Garcia (PSB) conseguiu na semana passada, uma liminar na Justiça de Brasília, para barrar e ainda adiar a sua expulsão da sigla do Partido Socialista Brasileiro (PSB).
A decisão foi do juiz Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, da 21º Vara Cível de Brasília. No documento, o magistrado afirmou que a medida iria trazer prejuízos aos integrantes do partido, pois o partido também havia descumprido o estatuto que exige publicação da notificação com antecedência de oito dias.
A saída de Sachetti e Garcia pode representar, em Mato Grosso, o início da debandada dos descontentes com o PSB.
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