Ruan Cunha / Única News
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(Foto: André Souza/G1)

Um dos capítulos finais do segundo turno das eleições teve transmissão na noite desta sexta-feira (28), pela TV Centro América, diante do último debate eleitoral antes do dia da votação deste domingo (30). Emanuel Pinheiro (PMDB) e Wilson Santos (PSDB) protagonizaram uma discussão com poucas propostas e muitas acusações, veja como foi:
Ofensiva tucana
No primeiro bloco, o candidato Wilson Santos não perdeu tempo e iniciou indagando Emanuel Pinheiro sobre o suposto esquema de benefícios fiscais que teria favorecido familiares o peemedebista em R$ 4 milhões de forma ilegal. Emanuel rebateu dizendo que a acusação do adversário é 'factóide' e que áudios que comprovariam o esquema foram manipulados.
Na resposta, Emanuel se voltou para o caso do irmão do adversário, Elias Santos, qual foi exonerado do governo de Mato Grosso suspeito de coagir servidores para participar de um evento político de Wilson.
Em seguida, Emanuel questionou sobre a passagem de ônibus e disse que Wilson aumentou o valor da tarifa quando era prefeito. O tucano respondeu que irá diminuir a tarifa, criar mais pontos de integração, renovar as frotas de ônibus e fazer licitação nacional para o setor.
Durante à resposta, Wilson criticou o fato de Emanuel ter se aposentado quando tinha aproximadamente 30 anos pelo já extinto FAP (Fundo de Assistência Parlamentar) e disse que o adversário, como deputado, não fiscalizou as obras da Copa.
Emanuel disse que tinha direito à aposentadoria, que pagou por ela e que Wilson está desesperado com a rejeição diante do eleitorado, por isso parte para o ataque.
Propostas em jogo
Na segunda parte, os temas foram determinados sendo o primeiro:'educação fundamental/meta do Ideb'. Emanuel Pinheiro, iniciou e disse que o adversário não cumpriu a promessa de campanha de implantar o tempo integral em todas as escolas durante os dois mandatos como prefeito.
Em resposta, o tucano disse que é preciso melhorar o aprendizado em português e matemática, que é preciso investir em formação continuada de professores e fazer melhoria na gestão escolar.
No tema seguinte, 'mobilidade urbana/estacionamento', Wilson destacou à implantação do sistema de faixa verde, além da importância de concluir o rodoanel e duas novas avenidas para melhorar o setor em Cuiabá, com ciclovias e ciclofaixas.
Para o peemedebista, a proposta será mediante parceira público-privada para alavancar estacionamento de carros e motocicletas, e fazer estacionamento subterrâneo nas praças Alencastro e República
.
Outro tema questionado foi sobre 'servidor público/concurso', no qual Wilson Santos salientou sobre a previdência, qual possui um desfalque de R$ 60 milhões e propõe que seja feito concurso público para o setor, a fim de que a contribuição possa ir para o Cuiabá Prev.
Emanuel respondeu que é preciso fazer concurso, mas é que preciso pensar nisso com cautela em tempos de crise. “Fazer concurso público até uma criança de 12 anos sabe que é preciso fazer”, ironizou.
Ataques simultâneos
No último bloco, com à dinâmica de temas livres entre si, Emanuel perguntou o que tucano pensa sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 594/2010, do deputado federal José Carlos Aleluia, que trata da responsabilidade dos chefes do poder Executivo, estadual e municipal.
Wilson devolveu a pergunta, questionando o que Emanuel pensa da PEC 241, em discussão nacional no momento. Emanuel, por sua vez, aproveitou para explicar a PEC 594.
“Essa PEC é a chamada PEC da mentira, que pune com a perda do mandato os gestores que mentirem em seu plano de governo. Imagine se ela estivesse em vigor quando meu adversário foi prefeito de Cuiabá”, retrucou o peemedebista.
“Vou ficar quatro anos. Não ficou. Vou terminar o Rodoanel. Não terminou. Vou fazer escolas integrais em todas as escolas. Não fez. Vou dar 14º e 15º salário aos servidores. Não deu. Vou construir 25 creches. Não construiu. Vou fazer duas grandes avenidas. Não fez. Essa PEC é uma necessidade. Obrigará o gestor a ter vergonha e não ter que registrar em cartório o que deve ser postura de homem”, completou Emanuel.
Na tréplica, Wilson voltou a atacar Emanuel: “Gostei do final: ‘postura de homem’. Embolsar R$ 25 mil por mês em um país de pobre é postura de homem? Deixar de pagar o IPTU da própria casa e só pagar provocado pela Justiça é postura de homem? Pagar o seu melhor amigo com esmeraldas falsas é postura de homem? Participar de um esquema nos incentivos fiscais em que a família recebeu R$ 4 milhões a título de propina. Que homem é o senhor, deputado Emanuel?”
Encerramento
Emanuel Pinheiro agradeceu a Deus, à família e se resguardou na experiência e energia para liderar mudanças e que, nesse momento de crise, vai mostrar a própria competência, fazendo mais com menos.
Já Wilson Santos finalizou atacando de novo o adversário, dizendo para a cidade ter cuidado com quem paga dívidas com esmeralda falsa, com quem não paga IPTU da própria casa, e que participa de esquema de incentivos fiscais.
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