Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Quarta-feira, 03 de Fevereiro de 2021, 19:45 - A | A

03 de Fevereiro de 2021, 19h:45 - A | A

POLÍTICA / PAIXÃO CEGA

Decisão por VLT ou BRT não é um Corinthians x Palmeiras, diz engenheiro

Keka Werneck
Única News



Decisão do Governo de abraçar o projeto BRT, deixando no passado o bilionário e inacabado VLT, não foi tomada por paixão cega e sim com base em estudo técnico elaborado em 2 anos. Quem afirma isso é o engenheiro de transportes da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), Rafael Detoni.

Nesta quinta (4) à tarde, ele apresentará em audiência pública na Assembleia Legislativa vantagens financeiras do modal rodoviário ao ferroviário, que é mais caro, seja em Cuiabá ou qualquer lugar do mundo.

“Não é um Corinthians x Palmeiras”, reclama Detoni. Segundo ele, a rivalidade entre grupos que defendem um ou outro modal, acaba por desviar a atenção do que realmente importa: resolver um problema que se arrasta desde antes da Copa do Mundo, em 2014.

Reprodução

rafael detoni

Engenheiro Rafael Detoni se diz preocupado com rivalidade ao invés da questão ser tratada mais tecnicamente 

Detoni, na época do mundial, era da extinta Agecopa, secretaria criada para cuidar das questões relativas aos jogos. Ele diz que o então governador Silval Barbosa jamais buscou respaldo técnico na agência e sim em consultoria portuguesa, a Ferconsult. Com isso em mãos, levou à Fifa, que deu anuência.

Segundo diz, já o governador Mauro Mendes (DEM), que assumiu Mato Grosso já com este “abacaxi” ainda sem solução, quis tomar uma decisão respaldada por estudo técnico.

“O que este estudo aponta é que o maior problema não é terminar a obra, adotar um modal, mas sim garantir a operação dele. O VLT é muito caro para operar; o BRT é mais barato e isso, claro, implicará no valor da tarifa”, comenta.

Detoni afirma que o propalado VLT do Rio, também instaurado para a Copa e que está em pleno funcionamento, não se paga. “O déficit do ano passado é de R$ 20 milhões”.

Ao criticar a rivalidade futebolística que, na opinião dele, tem permeado o debate entre VLT e BRT, diz que tem muito dinheiro público envolvido nesta questão delicada e que isso em si deveria exigir menos paixão e mais racionalidade, para que o usuário seja realmente beneficiado.

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