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POLÍTICA Segunda-feira, 10 de Dezembro de 2018, 14:07 - A | A

10 de Dezembro de 2018, 14h:07 - A | A

POLÍTICA / GRAMPOLÂNDIA PANTANEIRA

Delação de coronel pode desvendar se Taques está ligado a arapongagem

Marisa Batalha/Luana Valetim



(Foto: Reprodução)

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Um dos coronéis - réu na ação sobre a implantação de uma rede clandestina de grampos, no governo do governador Pedro Taques (PSDB) -, que ficou conhecida nacionalmente como grampolândia pantaneira -, já “bateu martelo” para firmar colaboração premiada e ajudar a desvendar o equema de arapongagem em Mato Grosso. O caso ganhou os principais noticiários naconais, como o programa Fantástico da Rede Globo, no dia 14 de maio deste ano.

 

Segundo as informações, ele já entregou aos representantes do Ministério Público Federal provas contundentes de como rolou o esquema nos “porões” da Polícia Militar e até do Palácio Paiaguas. O acordo está prestes a ser homologado e muito possivelmente deverá vir à tona novidades sobre o caso antes do Carnaval de 2019.

 

Por enquanto, as informações estão sendo mantidas em sigilo, ainda que extraoficialmente - algumas até de corredores -, adiantem a possibilidade de que a delação seja do coronel Zaqueu Barbosa.

 

O esquema de arapongagem foi denunciado pelo promotor de Justiça Mauro Zaque, que comandou a Secretaria de Segurança Pública em 2015. Zaque realizou a denúncia à Procuradoria-Geral da República, afirmando que havia alertado o governador Pedro Taques sobre a existência de um “escritório clandestino de espionagem” por meio de dois ofícios.

 

O primeiro chegou a ser enviado para o Ministério Público Estadual (MPE), mas a investigação foi arquivada por falta de provas.

 

À época, o governador alegou não ter recebido o documento, que teria sido protocolado na Casa Civil, mas cancelado no mesmo dia e substituído por outro, conforme apontado por auditoria realizada pela Controladoria Geral do Estado.

 

Mais tarde, o chefe do Executivo estadual voltou atrás e por meio de nota, em julho deste ano, informou que teria determinado a apuração de todos os fatos relacionados a supostas escutas telefônicas clandestinas assim que a denúncia chegou ao conhecimento dele, em 2015.

 

Depoimente de Gerson

 

O cabo da Polícia Militar, Gerson Correa Júnior - o último PM a ganhar a liberdade no caso -,  chegou a assegurar em um dos últimos depoimentos à Justiça neste ano, que teria recebido uma mala com R$ 50 mil, no escritório do advogado Paulo Taques, ex-secretário da Casa Civil e primo do governador Pedro Taques (PSDB), para custear equipamentos com a finalidade de grampear adversários políticos do governador tucano, que na época era candidato ao governo.

 

Gerson chegou a enfatizar que, durante a conversa com Paulo Taques, ficou claro que era para fins políticos. “Na ocasião, ficou evidente que o ‘pano de fundo’ era político”, disse ele. Ainda assegurando que ficou entendido durante a conversa com o ex-secretário de Taques, que todas as despesas com o suposto esquema de grampos seriam custeadas pelo primo do governador.

 

Entre os PMs de alta patente supostamente envolvido ao esquema e que foram por conta dos grampos estão o coronel Lesco, tenente coronel Barros, o coronel Airton Siqueira, coronel Zaqueu Barbosa, o tenente coronel Januário e cabo Gerson.

 

Barriga de aluguel

 

Os grampos foram conseguidos na modalidade “barriga de aluguel”, quando investigadores solicitam à Justiça acesso aos telefonemas de determinadas pessoas envolvidas em crimes e no meio dos nomes inserem contatos de não investigados.

 

Neste caso específico, as vítimas foram inseridas em uma apuração sobre tráfico de drogas.

 

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