Luana Valentim
(Foto: AL-MT)

O deputado estadual, Dilmar Dal Bosco (DEM), avaliou em entrevista à Rádio Capital FM, nesta quarta-feira (28), o cenário financeiro do Estado e destacou que o governador eleito, Mauro Mendes (DEM) terá um ano de 2019 muito ‘sombrio’, baseando-se pela grande dificuldade que o Executivo tem para pagar os salários aos servidores.
Dilmar avaliou como positiva a ação de Mendes em montar a sua equipe e fazer um organograma do que existe hoje em cada secretaria do Estado, para se ter uma noção de qual e quantas podem ser diminuídas, além do enxugamento de comissionados.
“Tudo que ele está fazendo e todos esses trabalhos, devem chegar em torno de R$ 150 milhões de economia de como está hoje o quadro. Então vai ser difícil, mas tem a questão dos servidores que tem a projeção de carreira. As leis aprovadas no governo de Silval e do próprio Pedro Taques tem carreira. À exemplo, na Secretaria de Meio Ambiente foi feito um projeto de lei pelo Pedro, para começar a projeção de aumento salarial em 2019”, ressaltou.
O parlamentar declarou que Mendes irá herdar uma ‘bomba relógio’ podendo comprometer as finanças do Estado, pois nos últimos quatros anos houve um aumento de ganho real aos colaboradores estaduais que desequilibram também para a questão da previdência.
Ele explicou ainda que haverá um encaixe financeiro para o Estado, com uma previsão de um aumento muito grande do desiquilíbrio na questão de aposentados e pensionistas, pois não há arrecadação suficiente para cobrir isso.
“E nós vemos aí e virá a nova LOA com a equipe de transição com o governo atual, já para trazer um pouco mais da realidade. Eu vejo até que poderá vir uma LOA devedora, com uma despesa maior do que a receita”, disparou.
Recentemente, houve um conflito de informações sobre haver dinheiro em caixa para fazer os repasses aos servidores referente a Revisão Geral Anual. O secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo alega que não há o valor para o pagamento, já o secretário-chefe da Casa Civil, Ciro Gonçalves, afirma que há sim.
Dilmar declarou que não pretender jogar um secretário contra o outro, mas avalia que Ciro é o controlador do Estado e que falta um pouco mais de experiência a ele. Já Gallo, que é procurador do Estado e advogado tributarista, conhece bem a máquina pública.
“Então, eu acredito muito mais que o Rogério Gallo está falando a verdade, que realmente o Estado hoje não tem arrecadação suficiente, inclusive, para pagar a folha de pagamento. Esse mês já atrasou mais do que era programado. Então você vê que não está tendo dinheiro suficiente para pagar a folha de pagamento, que dirá fazer qualquer outro tipo de atividade”, pontuou.
Lembrou que na transição de governo entre Silval e Taques, que ele esteve presente, foi deixado restos a pagar no valor de R$ 900 milhões. E agora será deixado quase R$ 4 bilhões, uma elevação gigantesca em curto espaço de tempo.
Além disso, relatou ele, o Estado não tem dinheiro suficiente para pagar a folha, nem tampouco, a RGA dos servidores públicos, o que, claro, o parlamentar considera como uma situação muito grave.
Dilmar afirmou que Mendes irá herdar a folha de pagamento do 13º salário e demais acúmulos, precisando que o governo atual também tenha responsabilidade de não criar novas despesas para que não venha deixar uma bomba para o democrata em 2019.
Dilmar ainda defendeu que os membros do DEM e do MDB e os outros partidos que estiveram ao lado de Mauro na campanha, devem ter os seus espaços no governo, pois há nomes com currículos invejáveis para qualquer pasta.
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