Cuiabá, 26 de Maio de 2024

POLÍTICA Segunda-feira, 01 de Novembro de 2021, 10:06 - A | A

01 de Novembro de 2021, 10h:06 - A | A

POLÍTICA / PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO

Governador retorna autos de servidor envolvido em fraude à comissão julgadora

Thays Amorim
Única News



O governador em exercício, Otaviano Pivetta (sem partido), assinou um despacho determinando o retorno dos autos à comissão julgadora em um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) do servidor da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), André Neves Fantoni. O documento consta no Diário Oficial do Estado da última sexta-feira (29) - veja abaixo.

O servidor, que foi alvo da Operação Zaqueus, protocolou um pedido de reconsideração em relação à sua demissão. Fantoni possuía o cargo de agente de tributos estaduais.

"DETERMINAR: o retorno dos autos à comissão julgadora para que sejam repetidos os atos instrutórios, a partir do termo de indiciação, o qual deve necessariamente conter a capitulação adequada das condutas praticadas pelo servidor", aponta trecho do despacho, que exigiu a manifestação do interessado e seu defensor, além da Sefaz.

LEIA MAIS: Redes sociais provam que Fantoni, que recebeu propina da Caramuru, tinha uma vida de rico

André Neves Fantoni é um dos suspeitos de receber propina de R$ 1,8 milhão para beneficiar a empresa Caramuru Alimentos S/A. O objetivo era reduzir uma multa de R$ 65,9 milhões para R$ 315 mil, de acordo com as investigações da Polícia Civil. Por outro lado, a empresa afirmou que foi alvo de extorsão de agentes públicos.

O servidor chegou a ser preso em 2017, quando a Operação foi deflagrada. Após quatro anos, em setembro deste ano, o governador Mauro Mendes (DEM) assinou a sua demissão. Outros agentes, como Alfredo Menezes Mattos Junior e Farley Coelho Moutinho, também teriam recebido a propina.

André Fantoni teve suas postagens nas redes sociais usadas para montar um dossiê pelo Ministério Público Estadual (MPMT). As postagens do Facebook e Instagram foram usadas pela Delegacia Fazendária (Defaz) para sustentar o recebimento da propina de R$ 1,2 milhão paga pela empresa Caramuru.

O dossiê contém fotos de viagens realizadas entre o início 2015 e 2016. Alguns dos destinos de Fantoni foram América do Norte e Europa. As datas coincidem com a época em que o advogado Themystocles de Figueiredo, delator no âmbito da operação, disse que o dinheiro foi repassado pela Caramuru.

André Neves Fantoni foi denunciado, ainda, por coação no curso do processo e estelionato. Em setembro deste ano, o juiz da 4ª Vara Especializada da Vara Pública, Gerardo Humberto Alves da Silva Júnior, negou reintegrá-lo à Sefaz.

LEIA MAIS: Após receber propina de R$1,2 mi, agente diz que não consegue pagar fiança

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Max 18/01/2022

O cara ganha cerca de R$30.000 líquidos por mês e os caras usam fotos dele próximo à geladeiras cheias de cerveja e viagens dele para a Europa e América Latina para provar o recebimento de propina...rss... com um salário desse o cara pode encher muitas geladeiras com Heineken e viajar para Europa mês sim e outro também....rss . Não estou dizendo que ele é inocente ou culpado, mas muito frágil esse "dossiê" do MP.

1 comentários

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