Da Redação
(Foto: Mayke Toscano)
O Governo do Estado, representado pelo o secretário chefe da Casa Civil, Max Russi, lamentou a ação da Polícia Militar ao tentar desobstruir as vias ocupadas por manifestantes do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Além disso, acrescentou que as manifestações podem acontecer dentro da legalidade.
A ação da PM prendeu três servidores, durante uma manifestação da categoria. Cerca de 50 servidores do Detran se reuniam para uma manifestação na porta do Palácio, nesta manhã, na tentativa de conseguir uma agenda com o Executivo.
“A manifestação é válida, é legítima, mas não podemos aceitar que as ruas do Palácio, do Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas, e Assembleia Legislativa sejam trancadas. A Policia Militar agiu de forma correta, esteve presente naquilo que é dever da polícia, de manter a ordem pública”, frisou.
Segundo o secretário, o fechamento da rua já havia acontecido na última sexta-feira (27), quando os servidores também se manifestaram no local. e foi comunicado para os manifestantes a proibição deste tipo de ação. “Vocês puderam perceber no vídeo inclusive que o policial falou para os manifestantes sobre o trancamento da rua”.
“O fato de trancar a rua impede o ir e vir de muitas pessoas e isso tem gerado cobranças por parte do governo em soluções. Temos muitas reclamações, e questionamentos sobre não tomarmos atitude nesse sentido. Então, não poderíamos de forma nenhuma aceitar, e não vamos aceitar, que as ruas do Palácio e do complexo administrativo sejam fechadas”, declarou o secretário.
Max lembrou que ao longo de mais de 50 dias de greve dos servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) foram realizadas várias reuniões para negociação na sede do governo. Os servidores pedem a atualização da tabela salarial.
“Eu recebi o sindicato por algumas vezes, tentamos fazer alguns encaminhamentos, fomos muito francos naquilo que era possível, mas o sindicato vem desde o início da sua condução dificultando a negociação, devido ao radicalismo. Em nenhum momento o governo se furtou a atender”.
O secretário também ressaltou efeitos negativos da greve, como prejuízos na arrecadação e receita do Estado, e problemas no atendimento ao público.
“O Governo do Estado continua com a negociação aberta com o sindicato, lembrando, que neste momento a questão salarial, nós estamos impedidos por causa do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal”, concluiu.
O secretário de Segurança Pública, Gustavo Garcia, classificou a atuação da polícia como necessária para garantir a prestação de serviços a sociedade e informou que um procedimento administrativo será instaurado.
“Temos total confiança no trabalho da Polícia Militar, os nossos servidores são treinados com conhecimentos técnicos para gerenciamento de crises. A Polícia Militar muito atenta a tudo, instaurou um procedimento administrativo para apurar o que foi dito na questão do uso moderado da força. A Polícia Civil lavrou um Termo Circunstanciado de Ocorrência e também fez encaminhamento ao comando da PM”, esclareceu o secretário.
Quanto ao pedido de uma ação rigorosa da atuação da PM, realizada pelos deputados estaduais Allan Kardec (PT) e Janaína Riva (PMDB), membros da comissão de Direitos Humanos na Assembleia Legistaliva, Russi não descartou a apuração. E, ainda, acrescentou que, na possibilidade de excesso, tudo deve ser esclarecido. No entanto, lamentou a politicagem, a politização, de um fato lamentável.
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