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POLÍTICA Segunda-feira, 04 de Setembro de 2017, 09:50 - A | A

04 de Setembro de 2017, 09h:50 - A | A

POLÍTICA / INCONFORMADA

Juíza não concorda que delação assegure punição leve à Silval

Por Lara Belizário/ Única News



(Foto: Reprodução)

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Neste último domingo (3), em entrevista dada ao jornal O Globo, a juíza Selma Rosane Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, afirmou que a primeira condenação do ex-governador peemedebista, Silval Barbosa deve sair em menos de um mês. No entanto, adiantou que, por causa da delação premiada, sua condenação não deve ser superior a 20 anos de reclusão.

 

"Por causa do acordo de delação, a condenação não poderá ser superior a 20 anos de reclusão, dos quais parte será cumprida em prisão domiciliar, parte em regime semiaberto e o restante em regime aberto".

 

O ex-governador saiu do Centro de Custódia de Cuiabá, no dia 14 de junho, após quase dois anos presos no Centro de Custódia de Cuiabá, por determinação da magistrada, que substituiu as grades por prisão domiciliar, mediante uso de tornozeleira eletrônica. A mudança foi fruto do acordo de delação premiada realizado pelo ex-gestor.

 

Segundo a magistrada, após estes quase dois de prisão do ex-gestor, houve uma mudança na postura da defesa. E, assim, para sair da cadeia, os advogados e Silval optaram por confessar os crimes (colaboração com a Justiça).

 

"O acordo de delação foi uma estratégia para reduzir a pena por aqui. Eles perceberam que a condenação seria pesada e estava próxima", afirmou a juíza Selma em entrevista.

 

A magistrada ainda garantiu que não concorda com os termos de colaboração so a alegação - que diante da extensão dos crimes -, os termos para prisão e o ressarcimento, de cerca de R$ 80 milhões, não foram justos.

 

"Estima-se que o esquema tenha desviado pelo menos R$ 1 bilhão dos cofres estaduais. Nos meus processos ele só confessa que pegou dinheiro para pagar dívidas de campanha. Não tem confissão sobre enriquecimento ilícito", afirmou.

 

Durante a entrevista, Selma ainda se mostrou admirada com o envolvimento de toda a família de Silval nos crimes. Assim como o ex-gestor, seu filho Rodrigo Barbosa, sua esposa Roseli Barbosa e seu irmão Antônio Barbosa, também firmaram colaboração premiada.

 

"Foi impressionante esse envolvimento da família. A esposa era titular de uma pasta do governo e tinha acesso direto a recursos. O filho acabou se envolvendo porque era uma espécie de 'eminência parda' no governo. Não ocupava nenhum cargo, mas indicava pessoas para funções e se relacionava com parlamentares", esclareceu. (Com informações da entrevista concedida ao Jornal O Globo)

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