Thays Amorim
Única News
Mesmo após estar envolvido e ser investigado por fraude no episódio da “Grampolândia Pantaneira”, o servidor da Casa Civil, Rosinaldo Nunes de Almeida, não foi exonerado. A decisão de mantê-lo no Palácio Paiaguás foi do governador Mauro Mendes (DEM), em outubro de 2020, conforme publicação no Diário Oficial (veja abaixo).
A decisão do democrata foi mencionada pelo juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jean Garcia de Freitas Bezerra, que deferiu um mandado de busca e apreensão na casa de Rosinaldo e de Rosângela da Silva Oliveira, também servidora do Estado.
O servidor, que era gerente de Protocolo e Postal, e Rosângela da Silva Oliveira teriam fraudado um dossiê do ex-secretário de Estado de Segurança Pública, Mauro Zaque de Jesus, na gestão do ex-governador Pedro Taques (Solidariedade), em que relatava interceptações telefônicas ilegais pela Casa Militar. A denúncia nunca chegou às mãos de Taques, já que o protocolo foi adulterado e a denúncia extraviada.
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"Outrossim, calha esclarecer que a representada Rosângela foi a responsável por cadastrar e cancelar o protocolo dos documentos originais, ao passo que o representado Rosinaldo, então chefe do setor de protocolo da Casa Civil, foi o responsável por alterar o cadastro do protocolo original e incluir os novos documentos, verificando-se, a priori, em uma análise perfunctória, um liame subjetivo entre os increpados na pratica do suposto ato ilícito", declarou o magistrado.
Rosinaldo foi alvo de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), sendo a demissão recomendada pela comissão investigadora por ter praticado, supostamente, crime contra a administração pública e atos de improbidade administrativa. Entretanto, a recomendação foi descartada pelo governo, seguindo com o funcionário público no Paiaguás.
Após os fatos relacionados à Grampolândia, Rosinaldo foi transferido do Protocolo. Entretanto, em outubro de 2019, o servidor retornou para a Gerência de Protocolo, conforme consta no Diário Oficial do Estado.
De acordo com o site Gazeta Digital, a decisão de Mendes foi embasada em um parecer da Procuradoria Geral do Estado (PGE), assinado pela procuradora Maria Helena dos Santos Souza, que apontou a 'ficha funcional impecável' e que existem dúvidas em relação à autoria da infração.
Rosinaldo tem mais de 40 anos no funcionalismo público e, de acordo com o PAD, "exerce com zelo e dedicação as suas funções".
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