Thays Amorim
Única News
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, afirmou que a confiança do povo cuiabano em sua gestão pesou na sua decisão de recuar da disputa pelo Governo do Estado, além da sua família e questões partidárias, já que o MDB está na base de sustentação do governador Mauro Mendes (UB). Caso fosse pré-candidato, Emanuel precisaria se descompatibilizar do cargo até o último sábado (02) – o que não ocorreu.
“Eu não podia trair a confiança do povo cuiabano. Se você lembrar, eu falei que iria tirar 14 dias de férias para buscar a construção de um projeto alternativo de oposição. Necessariamente, não seria eu por conta do compromisso que eu tenho com o povo cuiabano, feito em 2020, reeleito historicamente em uma eleição contra tudo e contra todos, uma oposição enorme liderada pelo atual governador do Estado”, afirmou, em entrevista à rádio Capital, na última sexta-feira (08).
O emedebista destacou ainda o “impasse” com a sigla, já que teria que migrar de partido em uma eventual disputa pelo Palácio Paiaguás. Grande parte dos correligionários, como o próprio presidente estadual do MDB, o deputado federal Carlos Bezerra, apoiam a reeleição de Mendes. Entretanto, Emanuel destacou que segue na busca de um projeto alternativo.
“Prevaleceu o bom senso, além da minha família, contra a minha mãe, minha esposa, meus filhos, mas o meu partido, eu teria que sair do MDB, porque o partido está dividido, não seria recomendável isso, mas o que bateu fundo mesmo foi o compromisso com Cuiabá, não trair a confiança do povo cuiabano e como prefeito da capital podemos construir e discutir com mais calma, temos inúmeros nomes que podem representar um projeto alternativo de oposição”, enfatizou.
Na semana passada, o vice-prefeito José Roberto Stopa (PV) pediu exoneração da Secretaria Municipal de Obras, articulando uma possível candidatura. Segundo a legislação, o vice não precisa renunciar, caso queira disputar a eleição, mas não pode ter sido titular nos últimos seis meses anteriores ao pleito.
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Até o momento, ainda não existe uma definição do grupo de oposição. Outros nomes, como do ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB), já foram cogitados.
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