Euziany Teodoro e Keka Werneck
Única News
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), rechaçou que o debate sobre a possível troca de modal em Cuiabá e Várzea Grande, de VLT para BRT, seja usado como pretexto para fazer política com vistas às eleições estaduais de 2022.
Tido como possível candidato ao Governo do Estado, em embate direto com o governador Mauro Mendes (DEM), que deve disputar a reeleição, Pinheiro negou que a discussão sobre o modal seja polarizada objetivando o pleito.
“Intenção política zero. A avaliação é técnica. Montamos um comitê técnico e lá nós vamos avaliar a proposta do Governo, que já sabemos que nem projeto tem. Quer dizer: como que você decide pela mudança de um modal, tudo que já aconteceu e inclusive investimento, sem projeto? Mas assim mesmo nós vamos analisar a proposta do Governo”, afirmou Pinheiro.
O deputado federal Emanuelzinho (PTB), filho de Pinheiro, não tem dúvidas de que o governador tenha objetivos políticos com a discussão sobre o modal. Em entrevista durante audiência pública na Assembleia Legislativa sobre o assunto, afirmou que, “na cabeça de Mendes”, se o VLT for escolhido, é uma derrota política para ele e sua “panelinha”.
“O que está havendo em relação ao BRT e o VLT não é uma discussão técnica, é uma discussão política. Para o governador, se houver a implantação do VLT, será uma vitória de seus oposicionistas. Ele não está nem aí se isso é um fato técnico. Se ele quer subir o tom, vamos subir o tom. Ele fala como se tivesse reputação ilibada, como se não responde a nenhum processo, como se o presidente do partido dele não responde a nenhum processo, como se a panelinha que está em torno dele não respondesse nenhum processo. Parece que não houve prisão de secretário na Casa Civil recebendo propina, braço-direito do secretário da Casa Civil. Isso não aconteceu, então? Até quando a gente vai ficar aguentando levar dele na cara e a população de fora do processo, nessa disputa de egos?”, disparou.
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