Luana Valentim e Marisa Batalha
(Foto: Reprodução/Circuito MT)
A juíza aposentada e pré-candidata ao Senado, Selma Arruda (PSL), descartou a possibilidade de se coligar com os partidos republicano e emedebista – que devem fazer dobradinha, tendo na cabeça de chapa na disputa pelo comando do Palácio Paiaguás, o senador do PR, Wellington Fagundes.
A declaração foi dada na manhã desta quinta-feira (05), em entrevista à Rádio Capital FM.
Em reunião nesta última quarta-feira (04), em Brasília, a juíza se sentou, junto com a comitiva de pré-candidatos de Mato Grosso, para conversar com o presidenciável Jair Bolsonaro, deputado federal e presidente da legenda. No encontro, Bolsonaro deixou as regionais livres para escolher suas coligações, desde que não ultrapassem o limite do bom senso se unindo, por exemplo, a partidos de esquerda.
Assim, a pré-candidata desmentiu as especulações sobre suposta entrada de seu partido no arco de alianças que vem sendo costurado pelo senador republicano Wellington Fagundes, pré-candidato a Governadoria do Estado. Lembrando que além do PR e MDB, Fagundes ainda teria o apoio do MDB, PTB, PP, PSD e PC do B. Este último [PC do B], diz a juíza, marcadamente de ideologia esquerda iria contra as decisões da legenda em nível nacional e, assim, impedindo qualquer amarração eleitoral – em pré-candidaturas -, igualmente em Mato Grosso.
Selma ainda lembrou que nesta viagem à Brasília acabou encontrando com o senador Wellington Fagundes no Congresso Nacional. Tendo sido levada ao seu gabinete pelo deputado federal emedebista, Valtenir Pereira. E sua ida ao gabinete do pré-candidato, na disputa ao governo do Estado, acabou lhe rendendo ainda fotos disseminadas nas redes sociais que -por consequência -, alimentaram as especulações de negociações, para estas eleições entre as legendas.
Entretanto, as fotos e o encontro – de acordo com a pré-candidata ao Senado -, longe estão de significar uma possível coligação com o grupo. Pois estariam ideologicamente distantes.
E ainda que o senador republicano e o deputado emedebista tenham tentado argumentar que – em coligações com siglas ideologicamente diferentes -, a junção acaba criando um diálogo bem plural, ela [Selma] continua com as suas restrições.
Chegando a garantir, inclusive, que se o partido lhe impuser uma coligação que fira seus valores, ela retira de imediato sua candidatura. “Se houver imposição, eu não concorro”.
Ao afirmar ainda que a escolha pelo partido de Bolsonaro se deveu as ideias da sigla, pois elas, em tese, ainda pontua a juíza, vão de encontro com todos os valores morais e familiares em que acredita. Assim, não abre mão de construir acordos afinados com seu projeto político. Sobretudo, a posição de não subir no palanque com fichas-sujas. Mas, esclarece que essa é uma posição pessoal, pois o partido é quem decide com quem irá se coligar.
“A gente se coloca à disposição para trabalhar a favor de Mato Grosso, mas eu não vou vender a minha alma para isso, eu estou entrando lá para trabalhar e se a população depositar essa confiança em mim, com certeza pode contar com o meu trabalho. Agora eu não posso vender a minha alma, porque daí eu já entraria lá imaculada e de certa forma com as minhas propostas desfeitas”, completou.
Ao final, Selma também revelou sobre a possibilidade de Bolsonaro, ter o senador Magno Malta (PR) como seu vice, porém ainda não está decidido, embora a maioria dos membros da legenda tenha votado a favor.
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