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POLÍTICA Sábado, 25 de Novembro de 2017, 13:12 - A | A

25 de Novembro de 2017, 13h:12 - A | A

POLÍTICA / POÇO SEM FUNDO

Silval troca dívida com empresário de R$ 22 mi com Estado por R$ 5,6 mi em propina

Da Redação



(Foto: TJ-MT)

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Em um dos depoimentos prestado ao Ministério Público Federal, por meio da delação premiada do ex-secretário da Casa Civil, da era Silval, Pedro Nadaf, ele revela que o ex-governador teria livrado o empresário Milton Belicanta, proprietário do frigorífico Frialto, de pagar uma dívida de R$ 22 milhões com o Estado. Em troca, claro, o ex-gestor estadual pediu uma propina na ordem de R$ 5,6 milhões.

 

De acordo com Nadaf, em 2014, ele foi chamado para se encontrar com Milton Belicanta no gabinete de Silval. Na época, a Frialto estava em recuperação judicial e sua sede era em Sinop, no norte do Estado. Após as negociações, a dívida de R$ 22 milhões sumiu dos arquivos da administração estadual e a propina repassada a Silval.

 

Agora já aliado da organização criminosa, o empresário ainda ganhou outro bônus, do então secretário Marcel de Cursi, da Secretaria de Fazenda: manter a Frialto dentro do programa de incentivos fiscais do programa Prodeic.

 

Claro, para isto foi necessário a entrada em cena do então procurador do Estado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho (Chico Lima), que deu um parecer em favor da empresa, para que a Sefaz seguisse sua decisão jurídica, e a Frialto continuasse se beneficiando da alíquota que havia recebido quando da recuperação judicial, o que fez com que a empresa deixasse de dever aos cofres o valor de R$ 22 milhões.

 

Distribuição da propina

 

Conforme ainda o depoimento de  Pedro Nadaf, teria ficado acertado que do montante (R$ 5,6 milhões), R$ 4,6 milhões seriam destinados ao então governador, R$ 300 mil para Chico Lima, R$ 200 mil para Marcel e R$ 500 mil para ele [Nada]. E as propinas eram entregues pelo filho do empresário, Pedro Belicanta.

 

O delator acrescentou em seu depoimento que soube a parte de Silval, o total de R$ 4,6 milhões, somente foi entregue R$ 1 milhão, tendo o restante (R$ 3,6 milhões) a serem recebidos posteriormente. “Assim, Silval Barbosa saiu do governo com o crédito de propinas no valor de R$ 3.6000.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) junto à empresa Frialto”.

 

O valor das propinas que Pedro Nadaf recebeu ele utilizou na aquisição de ouro, juntamente com o ex-presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso, João Justino. Na ocasião, eles firmaram uma parceria de negócios com o objetivo de comprar e vender ouro, “transações que lhes trariam rentabilidade, o que foi confirmado no decorrer do tempo, eis que cada um se favoreceu com lucros na margem de 5 a 7% dos valores comercializados”.

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