Ana Adélia Jácomo
Única News
A criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que buscava investigar fraudes e irregularidades em empréstimos consignados na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) não foi instalada e teve seus requerimentos arquivados.
Na semana passada, o presidente da Casa, deputado Max Russi (PSB), afirmou que a CPI só será instalada se os inquéritos da Polícia Civil ou os relatórios técnicos do Tribunal de Contas do Estado (TCE) se mostrarem inconclusivos ou gerarem dúvidas.
O deputado estadual Gilberto Cattani (PL), autor de um dos pedidos para a CPI, atribuiu nesta segunda-feira (16) o fracasso da iniciativa a um impasse político e à falta de apoio de colegas parlamentares.
"Apresentei um requerimento há duas sessões. Eu não consegui as assinaturas e ele foi arquivado. Na sessão passada, também apresentei um novo requerimento, mas consegui apenas quatro assinaturas."
Cattani afirmou ter protocolado o requerimento assim que tomou conhecimento do problema dos consignados abusivos. "Eu fiz um requerimento para apurar irregularidades com o dinheiro público no Estado do Mato Grosso, que é a minha função", declarou.
Disputa por autoria
Segundo o deputado Gilberto Cattani, após ele iniciar a coleta de assinaturas para sua proposta de CPI, colegas que, em suas palavras, "dizem defender os funcionários públicos", teriam se recusado a assinar seu requerimento. Em vez disso, eles teriam proposto um novo requerimento, alegando que o tema era de sua pauta específica.
"Eles não aceitaram que eu fizesse o requerimento, propuseram um novo requerimento, e obviamente não conseguimos assinaturas suficientes. Então, quem enterrou a CPI na verdade foi o pessoal da esquerda aí dentro da Assembleia Legislativa", criticou Cattani.
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