Marisa Batalha

O governador Mauro Mendes (DEM) já não descarta decretar estado de calamidade pública em Mato Grosso, sob a alegação que o Estado estaria à beira da insolvência financeira.
A declaração foi feita pelo gestor democrata nesta sexta-feira (11), em entrevista às rádios Capital e Vila Real, após detectar que a crise econômica encontrada na máquina pública estadual ultrapassa a todas as discussões e alternativas possíveis a curto prazo, em se tratando de honrar pagamentos a fornecedores, servidores e aos Poderes. Já que teria encontrado um caixa inteiramente no vermelho.
Lembrando assim sobre a sua dificuldade em realizar escolhas quanto a realização dos pagamentos, já que a escassez de recursos vem impedindo que o Estado possa honrar com quaisquer de seus compromissos.
Diante de uma realidade ainda pior do que se supunha, Mauro Mendes traçou nesta sexta um frio diagnóstico sobre o peso da máquina estatal, endividada e sem alternativas exequíveis e imediatas para abastecer um caixa com um enorme rombo.
'Temos hoje um rombo equivalente a 15 megas acumuladas como a do fim do ano em dívidas. Não há dinheiro sequer para a compra de medicamentos para abastecer a Fármacia de Alto Custo. Que dirá quitar as pendências com os fornecedores, servidores e poderes. Assumi um governo em situação tão absolutamente caótica que já não descarto decretar a insolvência do estado por conta da calamidade pública nas finanças de Mato Grosso'
E mesmo evitando escolher alvos, o governador voltou a pedir que os poderes, servidores e mesmo os forneceddores possam compreender a fragilidade financeira do governo.
E diante das ameaças que vêm sendo feitas pelo Fórum Sindical de paralisarem suas atividade no início de fevereiro por conta dos salários em atraso, RGA e parte do 13º e a propsta feita pelo governo de escalonamento para quitar as dívidas com o funcionalismo, Mendes voltou a afirmar que caso eles entrem em greve, também o fará.
'Eu serei o primeiro a entrar em greve. Ainda que ache que paralisação não resolve, pois a hora é de trabalhar. Vocês acham que eu não estou pagando os servidores no dia 10 porque eu não quero, porque o secretário de Fazenda não quer? O Rogério Gallo é um servidor de carreira como eles e ainda não recebeu”, explicou.
O novo chefe do Executivo estadual ainda revelou que é preciso que todos entendam que a população quando foi às urnas, buscou mudanças. Ele não quer mais pagar seus impostos e que esta arrecadação só sirva para pagar duodécimos, salários de servidores e até mesmo fornecedores, quando todo o resto está em compasso de espera. 'A população espera que o governador invista em melhorias que resultem, de fato, em mudanças e em melhorias que assegurem mais qualidade de vida'
Na última quarta-feira(09) em reunião no Palácio Paiaguás com 21 dos 24 deputados, Mendes expôs - junto com sua equipe econômica -, a gravíssima realidade dos números encontrados pela nova gestão. Colocando, inclusive à disposição dos parlamentares, toda a sua equipe para que possam sanar quaisquer dúvidas, caso tenham.
E como prometido, na quinta-feira (10), protocolou formalmente na Assembleia Legislativa, quatro projetos já batizados de ‘Pacto por Mato Grosso’, que segundo ele garantirá a economia de recursos públicos, ainda que em médio prazo.E
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