Kamila Arruda
Ari Miranda
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), afirma que o Parlamento Estadual não terá dificuldades orçamentárias caso o Senado endosse a votação que garante aumento no número de cadeiras de Mato Grosso na Câmara Federal e, consequentemente, no Legislativo Estadual. O problema, segundo ele, será a infraestrutura física da Casa de Leis.
“O duodécimo é tranquilo, a gente não terá dificuldade em termos orçamentários, não aumenta nada o duodécimo com o aumento dos deputados. Agora, hoje nós temos dificuldade de espaço dentro da Assembleia”, externou o socialista na manhã desta quarta-feira (7).
Ele lembra que já tem uma obra em andamento no Parlamento Estadual e afirma que terá que fazer novas readequações para abrigar seis novos parlamentares a partir de 2027. “Então, nós estamos fazendo uma ala nova, é um projeto antigo e precisamos avançar com essa obra para que a gente possa ter condição de receber os seis novos parlamentares”, enfatizou.
O aumento de seis parlamentares estaduais é reflexo da aprovação de um projeto de lei na Câmara Federal, na noite dessa terça-feira (6), que eleva a bancada federal de Mato Grosso de oito para 10 parlamentares. Seguindo o princípio da proporcionalidade expresso na Constituição Federal, para cada uma vaga de federal nova, abre-se três de estadual.
A matéria ainda precisa ser votada no Senado para valer nas eleições do próximo ano. Para Max, contudo, “é um caminho sem volta”. “Foi a primeira votação ontem, mas acredito, sinceramente, que é um caminho sem volta, e acho importante. Não é que é importante ter seis vagas no Parlamento Estadual, mas as duas vagas em Brasília são muito importantes para Mato Grosso, porque aumenta a nossa representatividade, aumenta o nosso poder de decisão. [...] Não é uma conquista aleatória, é uma conquista fruto do crescimento do Estado de Mato Grosso nos últimos anos. A nossa população aumentou, e a nossa representatividade também tem que aumentar. Isso é justo”, disparou Russi.
Por outro lado, o presidente acredita que deveria haver uma redistribuição das vagas de federais e não um aumento. O projeto original previa isso, no entanto, os deputados federais mudaram o texto. “Não é justo que estados com populações menores que o Estado de Mato Grosso tenham mais deputados federais. [...] Eu acho que tinha que manter o número de 513 deputados federais, mas Mato Grosso ganhar dois”, explicou.
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