Ana Adélia Jácomo
Única News
Após o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar que o terceiro colocado na disputa pelo Senado, Carlos Fávaro (PSD), assuma a vaga da senadora cassada Selma Arruda (Podemos), dois dos pré-candidatos, criticaram a liminar: o deputado federal Nelson Barbudo (PSL) e o deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM), que é líder do Governo na Assembleia.
Barbudo ironizou nessa segunda-feira (3) a medida e disse que a liminar é conflitante com o que já havia sido definido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que determinou a realização de novas eleições num prazo de 90 dias.
Ocorre que a cassação de Selma foi confirmada pelo TSE após o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) a cassar por unanimidade, no entanto, o Supremo Tribunal Federal (STF) acatou pedido do Governo de Mato Grosso por meio da Procuradoria Geral do Estado (PGE).
“Eu compreendi, mas não entendi (risos). É uma parafernalha jurídica que não é fácil opinar, mas partindo do Judiciário a gente obedece e não questiona. Vai fazer o que? Mas é no mínimo surpreendente, porque na decisão anterior disse que tinha que ter nova eleição e o Fávaro não podia assumir, agora ele conseguiu a liminar, vai entender... É muito confuso”, disse o deputado ao Única News.
Até mesmo o líder do Governo na Assembleia, Dilmar Dal Bosco, criticou a decisão judicial. "Eu discordo, até porque é uma eleição suplementar majoritária. Tem que se respeitar a decisão do Tribunal Superior Eleitoral. Eu achei estranho demais, nunca tinha visto isso. Quando se decide pela cassação, e cassou toda a chapa dela. Eu vejo que tem que ter uma eleição suplementar. E se está tendo uma eleição, não vejo de maneira nenhuma convocar o 3º colocado que não foi eleito com o voto do povo do Estado", declarou durante sessão na Casa nesta manhã.
A decisão, do ministro Dias Toffoli, foi tomada nesta sexta-feira (31) e determina que Fávaro assuma a vaga tão logo o Senado delibere pelo afastamento da juíza aposentada.
Selma Arruda foi cassada por prática de caixa 2 e abuso de poder econômico nas eleições de 2018 e foi cassada pelo TRE-MT. A cassação foi confirmada em dezembro do ano passado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
O outro lado
A reportagem entrou em contato com Fávaro, no entanto, ele informou que estava em uma reunião e que sua assessoria de imprensa se manifestaria. Em contato com o assessor reponsável, Fábio Monteiro, este informou que uma nota oficial está sendo formulada. Até a publicação deste material, nenhum posicionamento sobre a posse de Carlos Fávaro havia sido enviado à redação do portal. O espaços egue aberto.
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