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POLÍTICA Terça-feira, 30 de Julho de 2019, 15:27 - A | A

30 de Julho de 2019, 15h:27 - A | A

POLÍTICA / GRAMPOS ILEGAIS

Procurador Geral garante que não haverá corporativismo em investigação de promotores

Euziany Teodoro
Única News



O procurador geral de Mato Grosso, José Antônio Borges, chefe do Ministério Público, garantiu que não haverá corporativismo nas investigações sobre suposto envolvimento de promotores em grampos ilegais no âmbito do MP. Segundo ele, as investigações já começaram em vários âmbitos no órgão.

“As investigações serão feitas, as informações serão trazidas. Temos uma corregedoria. Temos o Naco. Temos um conselho pra avaliar condutas erradas. E ainda cabe qualquer medida junto ao Conselho Nacional do MP. O que não podemos é aceitar goela abaixo que façam suposições dizendo que o corporativismo vai reinar dentro do Ministério Público. Não vai reinar. As medidas estão sendo tomadas”, garantiu Borges.

Em entrevista ao site VG Notícias, nesta terça-feira (30), ele afirma que não aceitará, no entanto, que outras instituições “se intrometam” no processo, como por exemplo, a Ordem dos Advogados do Brasil.

“As coisas não são feitas em segredo. O que não podemos aceitar é uma interferência externa, seja da OAB, seja de quem for, para conduzir as investigações. Se eu estivesse prevaricando, tenho até meu impeachment que pode ser pedido pela Assembleia Legislativa”, disse.

Na última semana, o presidente da OAB-MT, Leonardo Campos, partiu para cima do chefe do Núcleo de Ações de Competência Originária Criminal (Naco Criminal), Domingos Sávio.

Leonardo Campos pediu explicações a Domingos Sávio sobre o motivo de não ter aceitado a delação premiada dos militares envolvidos na Grampolândia Pantaneira, esquema de escutas ilegais durante o governo de Pedro Taques, que grampeou políticos, jornalistas e outras pessoas de foro íntimo de membros do governo.

“Achamos superficiais as informações e negamos (a delação). Temos a corregedoria investigando (denúncia sobre envolvimento de promotores). Contratei uma investigação externa. O doutor Domingos Sávio está investigando. Se tiver barriga de aluguel dentro do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), então teremos um novo escândalo. Mas não tem nada a ver com a Grampolândia Pantaneira. Teremos que achar outro nome pra isso aqui”, afirmou o procurador geral.

Segundo José Antônio Borges, as delações não foram aceitas porque não traziam fatos novos ao esquema da Grampolândia, especificamente. Mas as informações sobre envolvimento de promotores em outros esquemas de escutas ilegais, estão sendo investigadas separadamente.

“Denunciaram a verba secreta e desvio de finalidade. Isso não tem pertinência temática. Se chegar alguém e falar que ‘fulano’ matou alguém, tem a ver com a Grampolândia? Não. Não tem nada a ver. A partir do momento que se tornou pública, na audiência, vamos verificar isso. Porque aí é uma denúncia separada”, explicou o procurador geral.

Para José Antonio Borges, os militares não trouxeram informações novas referentes ao caso da Grampolândia e tentam, por desespero, oferecer novas denúncias. “Há um desespero desses policiais. Não é pela pena, que pode ser de quatro anos. É pra não perder a aposentadoria deles”.

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