Ari Miranda
Única News
Na semana em que os vagões do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) começaram a deixar o Centro de Operações, em Várzea Grande, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) lamentou o fim do sonho do “VLT Cuiabano” e classificou a adesão do Governo do Estado ao projeto do BRT (do inglês “Ônibus de Trânsito Rápido”) como um "retrocesso", se comparado com o que vem sendo desenvolvido em outras capitais do país.
A afirmação foi feita pelo gestor em entrevista ao Podcast Política&Política, do Grupo Única, na última quinta-feira (31/10).
ASSISTA A ENTREVISTA COMPLETA NO FINAL DESTA MATÉRIA
Ao fazer a crítica, Pinheiro criticou a venda do VLT pelo governador Mauro Mendes (UB) ao Governo do Estado da Bahia, e disse que o fim do sonho do VLT não foi uma derrota para sua gestão, mas para a população cuiabana.
“Salvador está comemorando a chegada dos nossos vagões, que nós compramos e nunca foram utilizados. Se é bom para Salvador, por que não é bom para Cuiabá?” questionou o prefeito.
“No Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes está trocando o BRT pelo VLT, se Curutiba já anunciou o VLT, São Paulo está com processo [para a mudança] e com pedido no PAC do Governo Federal. As principais cidades do Brasil e do mundo estão saindo do BRT”, completou.
A venda do VLT foi efetivada no dia 19 de junho deste ano, após meses de negociações entre os Governos de Mato Grosso e da Bahia, juntamente com o Consórcio VLT Cuiabá. A obra foi anunciada como uma das grandes benfeitorias do transporte público para a capital mato-grossense receber os jogos da Copa do Mundo FIFA de 2014. Contudo, a obra nunca saiu do papel.
Reprodução
Vagões do VLT parados no Centro de Operações do modal, em Várzea Grande.
Além disso, a negociação, fechada em R$ 793,7 milhões para venda dos 40 trens do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), colocou um fim a um dos episódios mais icônicos de corrupção da história de Mato Grosso e do país, que resultou inclusive na prisão do ex-governador Silval Barbosa.
Emanuel chegou a protagonizar, no ano passado, um embate juducial para impedir a troca do VLT pelo BRT na Capital mato-grossense, chegando inclusive a incluir o “VLT Cuiabano” no pacote de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) encaminhado ao Governo Federal.
Contudo, a iniciativa foi rejeitada pelo governo Lula (PT) devido aos vários processos nas esferas judiciais estadual e federal.
“[O VLT] É um modal que impacta não apenas a mobilidade urbana e o transporte coletivo decente, sustentável, eficiente e humanizado, mas ele impacta também o desenvolvimento econômico e social da cidade. (...) Então, a derrota foi pra minha cidade, e para Várzea Grande também”, pontuou.
ASSISTA ABAIXO A ENTREVISTA COM O PREFEITO DE CUIABÁ, EMANUEL PINHEIRO.
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