14 de Janeiro de 2025
facebook twitter instagram youtube

CIDADES Sábado, 28 de Outubro de 2017, 11:11 - A | A

28 de Outubro de 2017, 11h:11 - A | A

CIDADES / TRATAMENTO DESUMANO

Peritos flagram no Adauto Botelho, pacientes amarrados e dopados

Da Redação



(Foto: Reprodução/Web)

Hospital Adauto Botelho.jpg

 

Peritos do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT), ligado ao Ministério dos Direitos Humanos, realizaram um verdadeiro 'pente fino' em julho deste ano, no Hospital Psiquiátrico Centro Integrado de Assistência Psicossocial (CIAPS) Adauto Botelho, em Cuiabá. Mostrando uma realidade perversa na unidade psiquiátrica do Estado.

 

A análise que foi documentada pelos peritos, entre os dias 13 e 21 de julho de 2017, foi entregue ao governo e passou despercebida por um bom tempo da mídia.

 

O levantamento revela que o local ‘funciona, em outras palavras, como um grande depósito de pessoas – acomodadas da maneira possível, sem qualquer tipo de individualização’.

 

Mostrando pacientes amarrados, dopados, em um espaço físico sem estrutura, como banheiros, por exemplo sem portas. Estas irregularidades encontradas durante uma inspeção foram classificadas pelos peritos como um tratamento “cruel, desumano e degradante“.

 

Ainda de acordo com o levantamento, o Hospital Adauto Botelho não preza pela individualidade dos pacientes, tampouco a um tratamento dentro dos parâmetros legais. 

 

O hospital público possui atualmente 70 pessoas e foi fundado em 1957, ligado à Secretaria Estadual de Saúde do Mato Grosso (SES-MT). Na instituição, é feito o acolhimento de pessoas em crise (encaminhadas pela rede de saúde e que, em tese, ficam em observação por um período curto de tempo) e moradores que estão em longo tempo de internação. No momento da vistoria haviam 65 pessoas internadas na instituição.

 

Outro lado

 

O diretor do Hospital Adauto Botelho, João Botelho, disse que algumas melhorias e reformas já estão sendo feitas na unidade. Um processo de licitação para uma reforma está em andamento. A respeito da situação de pacientes amarrados ou dopados, ele alegou que os profissionais seguem um protocolo de ‘contenção’.

 

“Há necessidade de preservar a estrutura física do paciente, mas isso tudo tem um protocolo. Existem imprevistos, tem pessoas que precisam de um olhar diferenciado e uma responsabilidade diferenciada. (Com informações do G1)

 

FAÇA PARTE DE NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS!

GRUPO 1  -  GRUPO 2  -  GRUPO 3

Comente esta notícia