Cuiabá, 06 de Maio de 2024

JUDICIÁRIO Quarta-feira, 08 de Novembro de 2023, 15:07 - A | A

08 de Novembro de 2023, 15h:07 - A | A

JUDICIÁRIO / CLIENTE QUERIA “EXCLUSIVIDADE”

Juiz mantém prisão de garota de programa que matou cliente a tiros

Mulher ficou por quase 1 hora ao lado da vítima enquanto ainda agonizava e disse que só não atirou mais porque "munição é cara"

Ari Miranda
Única News



O juiz-diretor do Fórum de Tabaporã (614 Km de Cuiabá), Pedro Antônio Mattos Schmidt, negou um pedido de prisão domiciliar a uma garota de programa de 44 anos, acusada de assassinar o trabalhador Carlos Roberto de Oliveira (43). O homem foi morto pela acusada com dois tiros, em 30 de maio do ano passado, em uma estrada vicinal, na área rural da cidade.

A Justiça defesa alegou que a mulher, que está presa na Cadeia Feminina de Colíder (640 Km de Cuiabá) sofreu um surto psicótico e está em grave estado clínico. Além disso, a defesa disse que a unidade prisional não conta com médico psiquiatra, e que a cidade teria apenas um especialista para atendimento, que, no entanto, saiu recentemente de férias.

No pedido de prisão domiciliar, o advogado ainda ressaltou que sua cliente tem residência fixa e “trabalho lícito”.

Os argumentos, no entanto, não foram suficientes para convencer o magistrado a conceder o benefício. Em sua justificativa de recusa, Pedro Schmidt lembrou que a detenta já está recebendo o devido tratamento médico e, inclusive, está com a próxima consulta marcada para o final deste mês, destacando que a assistência médica pode sim ser prestada em local fora da unidade prisional.

“Portanto, o fato de estar segregado não é óbice à realização de qualquer tratamento necessário, fato este corroborado pelos relatórios médicos que atestam que a ré está sendo levada em todas as consultas médicas e tratamentos necessários”, disse o juiz.

Além disso, Schmidt determinou que a Cadeia Pública Feminina de Colíder confirme o agendamento do médico e que, caso não for possível consultar com um profissional da cidade, que seja feito o agendamento com profissional fora do município.

O CRIME

Na manhã do dia 30 de abril de 2022, uma segunda-feira, a Polícia Civil de Tabaporã recebeu a informação de que um corpo havia sido encontrado à beira de uma estrada, sentido ao Rio Batelão.
Uma equipe foi até o local indicado e encontrou o corpo de Carlos Roberto de Oliveira com marcas de sangue na cabeça, a aproximadamente 50 metros de onde estava uma motocicleta.

A equipe policial realizou diligências para averiguar quem esteve com a vítima nas últimas horas antes do crime e chegou à mulher, que tinha um relacionamento com a vítima, Carlos Roberto.

Ela foi conduzida à delegacia e em seu primeiro depoimento mentiu, afirmando que não esteve com o homem. Porém, posteriormente acabou confessando que teve um encontro com Carlos na noite anterior, mas que não havia cometido o crime.

FRIEZA

Todavia, diante das evidências consistentes sobre a autoria do crime, a mulher acabou abrindo o jogo e confessando que tinha sim matado Carlos Roberto, alegando que a vítima a convidou para “ir morar” com ele, porém, continuaria saindo com outras mulheres.

A acusada detalhou que levou o homem até a estrada vicinal, onde ficaram bebendo cerveja. Quando Carlos dormiu, a mulher atirou duas vezes na cabeça da vítima. Disse ainda que ficou ao lado do corpo do amante por cerca de uma hora, pois ele ainda estava agonizando.

Questionada sobre o motivo de ter aguardado a confirmação de que a vítima tinha morrido, confirmou que poderia ter disparado mais vezes, mas “achou mais cômodo” esperar a vítima morrer, porque “munição é cara”.

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