Cuiabá, 07 de Maio de 2024

JUDICIÁRIO Sexta-feira, 26 de Novembro de 2021, 17:41 - A | A

26 de Novembro de 2021, 17h:41 - A | A

JUDICIÁRIO / ADVOGADOS ABANDONARAM O RÉU

Julgamento de empresário acusado de mandar matar ex-prefeito de MT é adiado

Thays Amorim
Única News



O julgamento do empresário Antônio Pereira Rodrigues Neto, acusado de mandar matar o ex-prefeito de Colniza (a 1.090 km de Cuiabá), Escandir Antônio Mendes, foi adiado após quatro advogados de defesa abandonarem o plenário do julgamento. As informações foram confirmadas pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).

O julgamento estava previsto para a última terça-feira (23), pela Comarca de Juara (a 716 km da Capital). Antônio, que está preso preventivamente em Cuiabá, foi transferido até o município do julgamento por escolta aérea.

Durante a instrução, após o magistrado que presidia o julgamento indeferir um pedido da defesa, os advogados Ércio Quaresma Firpe, Claudinéia Carla Calabund, Gilberto Carlos de Moraes e Dener Felipe Felizardo e Silva abandonaram injustificadamente o plenário.

O juiz aplicou uma multa no valor equivalente a 100 salários mínimos (R$ 119,2 mil) a cada um dos advogados que abandonaram o caso, além da condenação no pagamento das custas do novo julgamento. O juiz também determinou a notificação da Ordem dos Advogados do Brasil em MT (OAB-MT) para tomar as providências cabíveis.

As penalidades foram aplicadas com base na complexidade do caso e transtorno gerado a todos os envolvidos, além do desrespeito ao Poder Judiciário, aos senhores jurados e demais órgãos envolvidos. Em nota, o juiz afirmou que é de "conhecimento público e notório" que o advogado Ércio Quaresma Firpe tem costume de abandonar plenários de júri de forma injustificada.

O juiz determinou a intimação da Defensoria Pública para assumir a defesa do réu no novo julgamento, em razão do abandono dos advogados. O caso corre em segredo de justiça e ainda não foi divulgada a data do novo júri.

O Tribunal já julgou Welison Brito Silva e Zenilton Xavier de Almeida, que foram condenados, respectivamente a 28 anos e 25 anos de prisão, por envolvimento na morte de Esvandir.

O crime

O então prefeito de Colniza, Esvandir Antônio Mendes, de 61 anos, foi assassinado em dezembro de 2017, em uma das avenidas da cidade, quando foi atingido por disparos de fogo dentro do seu próprio veículo.

Welison e Zenilton foram presos em uma estrada entre os municípios de Jurena e Castanheira, junto com Antônio Rodrigues. Dentro do automóvel foram apreendidos R$ 60 mil, em dinheiro, proveniente do pagamento pela execução do prefeito. O dinheiro estava em um pacote do Banco do Brasil, sendo um montante de R$ 50 mil, e outros dois volumes de R$ 10 mil.

O prefeito conduzia uma Toyota SW4 preta quando foi interceptado pelos criminosos, em um veículo SUV, preto, a cerca de sete quilômetros da entrada da cidade. O veículo foi ao encontro da caminhonete, momento que foram efetuados vários disparos contra o prefeito Esvandir que ainda conseguiu dirigir, mas acabou morrendo no perímetro urbano, na BR 174, esquina com a Rua 7 de Setembro.

Outros dois disparos feriram o secretário Admilson Ferreira dos Santos, sendo um na perna esquerda e outro nas costas. O fato ocorreu por volta das 18h40.

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