Mayara Campos
Única News
O professor Randal Lopes Barreira, 46 anos, teve a prisão em flagrante convertida para prisão preventiva nesta quinta-feira (02). Ele é acusado de assediar e importunar sexualmente três alunas da Escola Estadual Tancredo Neves, onde leciona, em Cuiabá. As vítimas denunciaram os casos na última quarta-feira (1º), mas relataram que os assédios aconteciam regularmente, e inclusive, com outras alunas.
A prisão preventiva do acusado foi determinada pelo juiz da Comarca de Cuiabá, Jamilson Haddad Campos, que alegou que “a ordem pública será abalada se o autuado permanecer em liberdade”, pois há provas suficientes para a autoria do crime.
“Porquanto os fatos ora apurados podem gerar no agente falso sentimento de impunidade e assim, estimulá-lo a prática de novas infrações penais”, diz trecho da decisão.
O magistrado alegou ainda que a prisão de Randal não possui nenhuma possibilidade de ser substituída por alguma medida cautelar. Ele citou ainda a pandemia da Covid-19, e que é recomendado que as prisões sejam decretadas ou mantidas em casos de extrema necessidade, como a do professor.
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Outro lado
Randal é professor de biologia há 2 anos na Escola Estadual Tancredo Neves, e está no quadro efetivo do Estado desde 2011. Segundo seu depoimento, ele nega os fatos noticiados no boletim de ocorrência e diz que procura manter isolamento na relação professor-aluno, para que não haja confusão mental e emocional.
Ele diz ainda que durante o dia dos casos denunciados, ele estava ministrando aulas relacionadas a questão sexual, reprodução humana e citou ainda exemplos de uso de drogas. Ele negou ainda a existência de conversas privadas ou particulares com os alunos.
Sobre a denúncia da aluna L.N.C.R.N., de 14 anos, que disse que o professor havia oferecido R$ 50 para ela tirar a blusa, o suspeito disse que teria dado um exemplo, para fazer um paralelo com o uso de drogas, e mostrar o que acontece na sociedade para os adolescentes.
O professor é portador de deficiência física na perna esquerda e no momento da prisão em flagrante, estava com um Cartão de Identificação da Associação Matogrossense de Deficientes. Ele também informou ser evangélico e que frequenta a Assembleia de Deus.
A Polícia Civil circunstanciou um termo que cita um antecedente criminal do suspeito, por ameaça ocorrida no dia 03 de fevereiro de 2011. No entanto, oficialmente, ele não possuiu passagem criminal.
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