Cuiabá, 14 de Maio de 2024

POLÍCIA Terça-feira, 04 de Agosto de 2020, 11:29 - A | A

04 de Agosto de 2020, 11h:29 - A | A

POLÍCIA / ESTEVE NA CENA DO CRIME

Presidente da Federação de Tiro de MT presta depoimento sobre morte de Isabele Guimarães

Elloise Guedes
Única News



O presidente da Federação de Tiro de Mato Grosso (FTMT) e policial militar, Fernando Raphael Oliveira, está prestando depoimento na Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), na manhã desta terça-feira (4). Fernado esteve na residência no dia em que Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, morreu com um tiro supostamente acidental na cabeça, no condomínio Alphaville I, no bairro Jardim Itália, em Cuiabá.

De acordo com o depoimento de um policial militar que atendeu a ocorrência, no dia do acidente, Fernando esteve na residência de Marcelo Cestari e inclusive ajudou o empresário a apresentar registros das armas que possui.

O Ministério Público do Estado (MPE-MT) pediu à Polícia Civil que investigue a conduta do presidente de Fernando. A promotoria dá apoio na investigação do caso de Isabele Guimarães.

Fernando foi uma das pessoas para quem o empresário Marcelo Cestari, pai da adolescente B.O.C., que atirou em Isabele, ligou no dia do crime. Este fato gera estranheza ao Ministério Público.

Segundo informações, Fernando tem saído em defesa da família, inclusive entre os grupos de atiradores e da federação.

Relembre o caso:

Isabele Guimarães de 14 anos foi encontrada sem vida no banheiro da casa da amiga, no domingo (12), por volta das 22h30. Ela foi atingida com um tiro acidental na cabeça pela amiga, B.O.C., também de 14 anos, no condomínio Alphaville I.

Na casa da acusada, foram encontradas outras sete armas que pertenceriam ao pai dela, o empresário Marcelo Cestari. Ele é atirador esportivo e a menina também praticava o “esporte”. A arma usada no acidente foi uma pistola PT 380. Logo após o disparo, uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada e constatou a morte da vítima.

A Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), também esteve no local. A menor era filha do médico neurocirurgião Jony Soares Ramos, que morreu aos 49 anos, ao atropelar uma vaca na MT-251. O acidente aconteceu em 2018.

Cestari foi preso no mesmo dia, mas pagou fiança de um salário mínimo, R$ 1.045, e foi liberado. A justiça arbitrou nova fiança, na semana passada, de 200 salários mínimos, no entanto, uma nova decisão reconheceu que houve coação e derrubou o valor.

A mãe de Isabele, em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, afirmou que sabia que a família praticava tiro esportivo, mas não sabia “que havia um arsenal na casa”. Além disso, ela não acredita na alegação de tiro acidental.

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