Claryssa Amorim
(Foto: Roger Perisson)
As contas de campanha do governador eleito, Mauro Mendes (DEM), e de seu vice, Otaviano Pivetta (PDT), foram aprovadas nesta quarta-feira (12) pelo Pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
A aprovação foi acompanhada de três ressalvas pelos desembargadores. Na primeira foi apontado pelo TRE, algumas irregularidades nas doações e já para a MPF, o valor de R$ 100 mil ficou “formal”, por meio de dois depósitos bancários com cheque como doações não identificadas.
Segundo a auditoria, a doação foi feita pelos irmãos Antônio Sanches e João Sanchez Junqueira, donos da Sanches Tripoloni, empresa especializada em pavimentação de rodovias.
“Verifico a juntada de comprovantes de depósito em conta-corrente por meio de cheques com as identificações de Antonio Sanches e João Sanchez Junqueira. Assim sendo, havendo a possibilidade de identificar a origem dos recursos doados, não houve mácula ao controle financeiro das receitas apuradas em questão e, consequentemente, compreendo assistir razão ao prestador no sentido de reputá-la como irregularidade meramente formal, não ensejando seu recolhimento ao Tesouro Nacional”, cita trecho do parecer. Este não foi acolhido pelo TRE.
Já na segunda ressalva da decisão, os desembargadores apontaram o uso de uma aeronave pelo então candidato a governador, Mauro Mendes, pois de acordo com o parecer, as notas fiscais do fretamento destacaram apenas seis passageiros. Mas, essas pessoas não tinham vínculo contratatual de prestação de serviços à Mendes.
Além dos citados, havia uma contradição com a esposa de Mauro, Virgínia Mendes, que também estava na aeronave e que seu nome estava incluído como passageira irregular. No entanto, após os advogados apresentarem explicações com o desentendimento, o nome da 1ª dama foi retirado do documento no julgamento.
E no terceiro ponto do parecer foram dos gastos não comprovados no montante de R$ 745,59 mil, em que o Pleno orientou ainda a devolução do valor ao Tesouro Nacional.
A defesa do governador eleito deve recorrer a decisão para retirar os três pontos de irregularidades apontados.
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