Rayane Alves
Foto/ Internet
Diante do entrave dos dissidentes do Partido Socialista Brasileiro, descontentes com a entrada na legenda do atual presidente do PSB, o deputado federal Valtenir Pereira, que nega a liberação imediata de quem deseja sair, começou-se uma discussão de quem fica ou sai, caso consigam a liberação do presidente.
Valtenir assumiu a toque de caixa a sigla, depois de sua desfiliação no PMDB. Seu comando e a expulsão na época do presidente do diretório regional, o deputado federal Fábio Garcia e ainda de toda a diretoria, ganhou intensa discussão no Estado e críticas ácidas contra o ex-peemedebista.
Para azedar ainda mais esta relação, nesta terça-feira (19), em coletiva à imprensa realizada na Assembleia Legislativa, o deputado Mauro Savi garantiu - que caso Valtenir queira cobrar o 'dízimo partidário' -, ele terá que ir na Justiça para receber alguma coisa.
"Certamente o Valtenir vai querer receber alguma coisa. Ele assumiu agora e quer mostrar algo novo. Mas, se ele não for cobrar isso na Justiça, ele não vai receber meu dinheiro", desabafou.
Na avaliação de Savi, a cobrança partidária é absurda, pois em outros partidos o valor é voluntário e não obrigatório.
"Quando Fábio Garcia era presidente a cobrança não era feita. A dívida neste caso de todos os parlamentares seria mais ou menos uns R$ 230 mil, pois segundo o Estatuto da sigla, ocupantes de cargos eletivos ou comissionados indicados deveriam repassar ao menos 10% dos salários à legenda. No caso, dos deputados o valor seria de R$ 2,5 mil", finalizou.
Pelo menos 16 deputados federais no país deixaram o PSB, de Mato Grosso são dois, Fábio Garcia e Adilton Sachetti. E os cinco estaduais que permanecem na legenda - Oscar Bezerra, Eduardo Botelho, Mauro Savi, Adriano Silva, Max Russi -, estão descontentes.
As mudanças causaram um racha dentro do partido e muitos líderes socialistas chegaram a levantar a hipótese de deixarem o PSB em grupo. Após algumas reuniões entre os líderes da sigla, ficou decidido que eles iriam lutar pelos ideais dentro da sigla e, sobretudo, contra as possíveis mudanças que Valtenir viesse a fazer. Após saída, os ex-socialistas Fábio Garcia e Adilton Sachetti já aportaram no DEM, com direto de terem suas fichas avalizadas pelo presidente da Câmara Federal e presidente dos democratas, Rodrigo Maia.
O destino dos outros parlamentares ainda está sendo discutidos, já que muitos deles têm problemas nas regiões onde atuam, como Oscar Bezerra que ainda está em dúvida sobre sua filiação, devendo neste final de ano, no recesso do Legislativo estadual, abrir uma discussão com sua base, em Juara.
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