Euziany Teodoro e Keka Werneck
Única News
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), ao chegar em audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (4), disparou várias críticas às gestões passadas do Governo do Estado e Prefeitura Municipal, a respeito das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Segundo ele, gestões marcadas por “omissão e desleixo”.
“A omissão e o desleixo das gestões do passado fez acontecer o que aconteceu com Cuiabá e olha como é que ficou: arrebentaram a cidade! Eu que ainda dei uma urbanizada, uma organizada onde eram as obras do VLT”, disse.
A decisão de trocar o VLT pelo BRT (Bus Rapid Transit) em Cuiabá e Várzea Grande foi tomada de forma unilateral pelo governador Mauro Mendes (DEM) e anunciada em 21 de dezembro. Mendes defende que há um estudo com mais de 4 mil páginas que endossam o BRT como a melhor opção, mais barato para concluir, mais rápido e com tarifa e custo operacional mais baixos.
Emanuel Pinheiro explica que não basta tomar uma decisão de trocar o modal. Há outros impedimentos como, por exemplo, o recurso já contratado para a obra, que não pode ser destinado para outros projetos deliberadamente.
"É isso que nós queremos para Cuiabá ou queremos trazer um símbolo de modernidade, da comodidade, do conforto, da sustentabilidade, representada pelo VLT?”, questiona
“Essa é uma discussão que eu fico impressionado de ver a forma como o Governo responde. Por exemplo: nós temos um financiamento de R$ 125 milhões do Contorno Leste. Está na conta. Eu não posso pegar esse dinheiro e fazer, por exemplo, asfalto, asfaltar bairro. Eu não posso dar outra destinação a esse dinheiro, ele é exclusivamente para aquela obra. Da mesma forma tem um recurso para o VLT e não pode ser gasto com o BRT. Tem que passar por todo um processo junto ao Ministério, Caixa Econômica Federal, junto ao Conselho gestor do FGTS da Caixa Econômica Federal, para ver se ainda poderá analisar e aprovar a mudança de objeto do projeto. Até lá não pode mexer”.
Segundo ele, o BRT é ultrapassado. “O BRT foi novidade 50 anos atrás em Curitiba. É isso que nós queremos para Cuiabá ou queremos trazer um símbolo de modernidade, da comodidade, do conforto, da sustentabilidade, representada pelo VLT?”, questiona.
O prefeito montou um comitê técnico para acompanhar e analisar a possível troca de modal. A partir de segunda-feira (8), começam as reuniões com os municípios do Vale do Rio Cuiabá, principais interessados na obra.
“Na segunda-feira temos a primeira reunião do Consórcio Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social e vamos tratar do VLT com os 13 municípios do Vale do Rio Cuiabá. Vou convidar o prefeito Kalil e lá quero ter uma conversa para poder alinhar o discurso”, anunciou.
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