Por Lara Belizário/ Única News
(Foto: Divulgação)
Durante entrevista ao Jornal do Meio Dia, nesta segunda-feira (30), o presidente do Hospital Santa Casa da Misericórdia de Cuiabá, Antônio D'Oliveira Gonçalves Preza, afirmou que a informação de que o Governo não deve nada aos filantrópicos é falsa. Conforme o gestor do hospital, alguns repasses de obrigação do Estado ainda não foram quitados.
Na última semana, o governo afirmou em nota, que não possui dívidas com os filantrópicos e, também, lembrou do aporte de R$ 15 milhões que seriam destinadas as unidades. Isso porque os filantrópicos continuam com serviços parcialmente paralisados. Além de continuarem cobrando repasses da gestão estadual.
“Tem várias coisas que recebemos do governo do Estado. Realmente não temos um contrato assinado com a Secretaria Estadual de Saúde. Nosso contrato é com a Secretaria Municipal de Saúde. No entanto, existem algumas coisas que são obrigações do Estado. Por isso, o repasse é feito ao município que nos entrega depois”, declarou o presidente.
Antônio D'Oliveira esclareceu que esses repasses não são feitos aos municípios desde muito tempo. E que essa seria uma das causas para a paralisação parcial das unidades de saúde, que no momento não atende aos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Um dos repasses atrasados aqui na Santa Casa, que é obrigação do Estado, é o da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Mas nós temos atrasos em outras unidades, o incentivo a cirurgia cardíaca do Hospital Geral é um deles, por exemplo. Tem também o Incentivo de alimentação que é pago aos plantonistas no hospital Santa Helena, e está a atrasado há três meses”, afirmou.
(Foto: Reprodução)
De acordo com o presidente, durante a paralisação do dia 17 de agosto, houve uma reunião com governador Pedro Taques (PSDB), secretários e deputados e assumiram o compromisso de entregar as unidades os R$ 2,5 milhões para quitar as dívidas.
“Esse recurso vai fazer uma diferença de apenas R$ 150 mil por mês a Santa Casa. Nós esperávamos esse dinheiro em agosto mais saiu uma portaria para setembro, outubro e novembro. No entanto, o dinheiro só caiu em outubro. Esse dinheiro não pagou UTI, não pagou nem o direito de leito que está atrasado desde fevereiro [..] Só a UTI custa R$ 700 mil ao mês, e estamos com três meses atrasados”.
Durante a entrevista, o presidente ainda compartilhou que espera que a reunião na bancada federal, em Brasília, nesta segunda-feira (30), sobre as emendas parlamentares, tenha um resultado positivo para os filantrópicos para o Estado. Para ele, uma ajuda do recurso quitaria muitos meses de atrasos que as unidades acumularam.
“As receitas que estão chegando nesses hospitais estão se acumulando, e os serviços já foram prestados [...] Por isso, estamos solicitando ajuda da bancada federal. Pedimos para que, se esse recurso for repassado para custeio do Hospital e Pronto Socorro de Cuiabá, seja tirado uma parcela disso para nos ajudar. A verba poderia vir em auxílio dos hospitais e nós estamos realmente com muita dificuldade”, declarou. (Com informações do Jornal do Meio Dia)
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