Thays Amorim - Da Redação
Thaís Fávaro - Do Local
Em tom de brincadeira, o governador Mauro Mendes (DEM) rebateu nesta quarta-feira (20) ativistas internacionais contra a Ferrogrão, ferrovia que pretende ligar Mato Grosso ao Pará, e declarou que se vierem protestar "vão tomar na testa". Apesar do tom ameno, o democrata destacou que o Estado possui bons índices de preservação ambiental.
Na última segunda-feira (19), foi divulgado que ativistas políticos desembarcam no Brasil dia 15 de agosto para pressionarem contra a construção da Ferrogrão. Segundo ativistas internacionais, o protesto deve incluir parlamentares da Espanha, Alemanha e lideranças dos Estados Unidos.
"Se vir aqui protestar contra a Ferrogrão, vai tomar na testa. Vou recebê-los com debate e vamos começar debater. Nós temos 80% de mata preservada nessa região. O dia que regiões dos Estados Unidos, França ou Europa chegarem em na metade do que nós temos, aí vocês voltam aqui para conversar conosco. Se não, volte para o seu país e vai plantar árvore por lá e deixa que nós cuidamos do nosso aqui", declarou.
Durante a coletiva, ainda em tom de brincadeira, Mendes destacou que a visita dos ativistas internacionais é bem vinda no Estado: "Mas é bem-vindo, vai gastar um dinheirinho em nossos hotéis, vamos dar uma peixada para eles".
O governador destacou ainda que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais restritivas e que outros países possuem dez vezes mais ferrovias.
"Mas a conversa é assim, muito clara e objetiva. O Brasil tem as leis ambientais mais restritivas do mundo, eles têm lá dez vezes mais ferrovias do que nós temos aqui e vem dizer que nós não podemos fazer ferrovia? Aqui para eles [fazendo gesto de banana]", disparou.
Números mostram outro lado do desmatamento em MT
Apesar da fala do governador, o Instituto Centro de Vida (ICV) apontou que quase 88% do desmatamento da Amazônia em Mato Grosso, nos últimos 12 anos, foi ilegal. O Estado é o segundo maior em desmatamento do bioma entre 2019 e 2020. O levantamento do Instituto foi feito com base em dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Entre agosto de 2019 a julho de 2020, os dados apontam ainda um aumento de 3,8% da área desmatada, com 1.767km² de desmatamento.
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