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POLÍTICA Sexta-feira, 07 de Julho de 2017, 11:57 - A | A

07 de Julho de 2017, 11h:57 - A | A

POLÍTICA / REDE DE GRAMPOS NO TJ

OAB apoia magistrado, mas pede rigidez na investigação de escutas

Da Redação



(Foto: Reprodução/Web)

juiz orlando perri.jpg

 

Na noite desta última quinta-feira (06), por meio de nota, a Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso, se posicionou à favor da idoneidade do desembargador Orlando Perri, após declarações feitas pelo secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos, coronel Airton Benedito Siqueira Junior, de que o desembargador Orlando Perri teria mandado grampear, em 2007, diversos desembargadores, para apurar supostos desvios de recursos do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, para uma loja maçônica.

 

De acordo com o coronel, foram grampeados o desembargador José Ferreira Leite, juntamente com os juízes Marcelo Barros, Antônio Horácio, Irênio Lima Fernandes e Marcos Aurélio Ferreira. As decisões para as interceptações, de acordo com a declaração, eram todas feitas de próprio punho por Perri.

 

O secretário ainda revelou em seu depoimento que, à parte das instações das escutas, também outras - de forma sigilosas -, foram colocadas no gabinete do desembargador, no mesmo período em que o magistrado investigava as fraudes referentes aos valores desviados para a loja maçônica. As ordens para a ação teriam sido dadas pelo juiz Luís Aparecido Bortolussi Junior, que atua na Vara de Ação Civil Pública e Popular da Capital.

 

Em contraponto ao depoimento de Siqueira, o desembargador nesta última quinta-feira (06) - por meio de nota -, não só assumiu as interceptações como ainda revelou que para que elas ocorressem, contou com o aval do Ministério Público Estadual. E que não havia nenhuma ilegalidade em sua ação, pois estaria 'pautada pela justiça'. 

 

O magistrado chegou a revelar para a imprensa que não largaria o processo, reafirmando o seu objetivo de desvendar os graves atentados à intimidade dos cidadãos mato-grossenses.

 

Para o  presidente da OAB-MT, Leonardo Campos, a Ordem tem a mais absoluta e irrestrita confiança em Perri. E que irá cobrar uma rígida apuração sobre a suposta instalação de escutas no gabinete do magistrado.

 

O presidente da OAB-MT, aonda por meio de nota, levanta uspeitas de que as declarações de Siqueira possam ter sido feitas com o objetivo de prejudicar as apurações sobre os grampos ilegais. “O exercício do amplo direito de defesa é sagrado e inafastável, no entanto, isto não autoriza qualquer ilegalidade no seu exercício, sendo que esta entidade não compactuará com manobras tendentes a criar “cortina de fumaça” para embaralhar investigações em curso”, completou.

 

A OAB-MT ainda frisa que continuará acompanhando as apurações sobre o caso e cobrando providências do Poder Judiciário para esclarecer os fatos.

 

Confira a nota

 

A Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso (OAB-MT), frente às notícias divulgadas na data de hoje (6) que repercutiram depoimento do secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos Airton Benedito Siqueira Júnior, vem a público manifestar que:

 

1. A OAB-MT vem externar sua mais absoluta e irrestrita confiança na idoneidade, retidão e legalidade dos atos praticados pelo desembargador Orlando Perri, seja na atual investigação quanto a grampos telefônicos ilegais, bem como em eventuais outras em que tenha atuado como corregedor-geral de Justiça;

 

2. Quanto aos supostos fatos declarados e repercutidos na data de hoje, esclarece a OAB-MT que os mesmos não têm qualquer relação com as investigações sobre grampos ilegais na modalidade “barriga de aluguel”, sendo que a entidade os recebe com a mais absoluta estranheza, já que vieram à tona cerca de 10 anos após supostamente terem ocorrido, exatamente quando os atos do declarante são colocados sob investigação;

 

3. A OAB-MT cobrará rígida apuração quanto à suposta instalação de escutas no gabinete funcional do desembargador Orlando Perri, colocadas no depoimento com ares de ilegalidade, bem como envidará esforços para que eventuais outros fatos com aparente ilicitude sejam averiguados e trazidos de forma transparente a toda sociedade;

 

4. O exercício do amplo direito de defesa é sagrado e inafastável, no entanto, isto não autoriza qualquer ilegalidade no seu exercício, sendo que esta entidade não compactuará com manobras tendentes a criar “cortina de fumaça” para embaralhar investigações em curso;

 

5. A OAB-MT continuará acompanhando as investigações e postulando ao Poder Judiciário a adoção de providências aptas ao esclarecimento dos fatos

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