Ana Adélia Jácomo
Única News
Após ter seu nome envolvido no processo que pede a expulsão partidária da senadora cassada Selma Arruda do Podemos, o vice-governador Otaviano Pivetta (PDT) afirmou nessa sexta-feira (7) que não existe a mínima possibilidade de ele deixar seu partido, no entanto, garantiu que recebeu, sim, convites para se filiar ao Podemos.
Pivetta é citado como pivô do pedido de expulsão de Selma por infidelidade partidária. De acordo com documento protocolado pelo sociólogo Hélio Silva (Podemos), Selma declarou em entrevistas à imprensa local apoio à possível candidatura do vice-governador à sua sucessão no Senado. O pleito suplementar ocorre em 26 de abril.
Ele, no entanto, confirma o encontro na cidade de Camboriú com o senador do Podemos Álvaro Dias. No documento com pedido de expulsão de Selma, consta que Pivetta foi “(...) para tratar do apoio do Podemos à futura migração de Pivetta ao Podemos (...)”.
“Tenho muitos amigos no Podemos, e tive sim convites. Sou PDT e pronto. Não sei nada sobre meu nome ter sido citado. Nada mais a declarar”, disse Pivetta ao Única News.
Ocorre que o Podemos indicará um candidato para a eleição ao Senado, trata-se do deputado federal José Medeiros. Em recente entrevista ao Única News, Medeiros afirmou que o Podemos, na verdade, convidou Pivetta para se filiar na sigla com o objetivo de o lançar como candidato a presidente da República em 2022.
Para ele, o vice de Mendes tem um excelente perfil executivo. Ele é megaempresário, ex-prefeito de Lucas do Rio Verde por dois mandatos e ex-deputado estadual. Contudo, a representação contra Selma afirma: “A circunstância de a representada firmar um compromisso de apoio à candidatura do vice-governador Otaviano Pivetta, condicionada a sua filiação futura ao Podemos, além de se tratar de um evento futuro e de cumprimento incerto, transborda à sua autonomia, na medida em que não integra o órgão de direção estadual da agremiação”.
A eleição ao Senado
A corrida para preencher a vaga de Selma Arruda já conta com 23 pré-candidatos. Selma foi cassada por prática de caixa 2 e abuso de poder econômico nas eleições de 2018.
São cotados: o deputado estadual Max Russi (PSB), o deputado federal Neri Geller (PP), o ex-governador Júlio Campos (DEM), o chefe do escritório de representação do estado em Brasília, Carlos Fávaro (PSD), o vice-governador Otaviano Pivetta (PDT), os ex-deputados federais Nilson Leitão (PSDB) e Adilton Sacheti (PRB), a secretária-adjunta do Procon, Gisela Simona (Pros) e o líder na Assembleia Dilmar Dal Bosco (DEM).
Além desses nomes, dentro do MDB, há outros dois sendo avaliados: o do deputado federal Carlos Bezerra e de sua esposa, Teté Bezerra. Consta ainda como pré-candidato o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Antônio Galvan.
São citados ainda o deputado federal Leonardo Albuquerque (SD); os deputados estaduais Elizeu Nascimento (DC), Lúdio Cabral (PT), Silvio Fávero (PSL); o ex-ministro Blairo Maggi (PP); o ex-senador Cidinho Santos (PL); o ex-governador Pedro Taques (PSDB), o ex-deputado federal Carlos Abicalil (PT), o deputado federal José Medeiros (Podemos), a empresária Margareth Buzetti (PP) e o vereador por Cuiabá, Mário Nadaf (PV).
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