Luana Valentim
Foto: (Luana Valentim)

O senador José Medeiros (Podemos), candidato a deputado federal, voltou a reiterar nesta quarta-feira (15), em coletiva de imprensa no Hotel Paiaguás, que a sua cassação se trata de ‘forças ocultas’, para poder tirá-lo do páreo na disputa pela Senatoria. Mas, nessa terça-feira (14), o Tribunal Superior eleitoral emitiu uma decisão mantendo-o no cargo.
Medeiros foi cassado, ao ser acusado de ter fraudado uma ata referente as eleições de 2010. Ele reafirmou que na época, desistiu de sua candidatura a deputado federal para assumir o lugar do deputado estadual Zeca Viana (PDT) como 1º suplente de Pedro Taques (PSDB) que disputava ao Senado.
“Eu assumi a primeira suplência, pois Zeca estava saindo pelo fato de que Pedro só tinha 2% de intenção de votos. E Zeca era candidato a 1º suplente. Não tinha como eu ser outra coisa”, destacou.
Medeiros ainda ponderou que quando Taques foi eleito, veio a expectativa de que ele se candidatasse a governador. Quanto a ata, ele disse que nunca passou perto dela, somente ouviu falar e que apenas assinou um Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários – o Drap - de 1º suplente junto ao Tribunal Regional Eleitoral.
O senador explicou que decidiu por disputar a federal, pois observou que acabaria sacrificando toda a sua chapa com uma candidatura avulsa na majoritária.
Quanto a posição do TSE de suspender a decisão do TRE mantendo o mandato de Medeiros, o advogado do senador, Zaid Arbid, explicou que com a aplicação da minirreforma eleitoral de 2015 todos os recursos interpostos contra a cassação de mandato, ganhou efeito suspensivo automático.
“Quer dizer, profere e publica acordão, você interpõe o recurso e nada se executa desse acordão enquanto ele não for apreciado pela instância superior”, explicou o advogado.
Já sobre a declaração do governador defendendo que em sua campanha, em 2010, sempre citou que Paulo Fiúza seria o seu primeiro suplente, Zaid disse que Taques entende muito de Grampolândia e deveria cuidar deste assunto ao invés de ficar fazendo ‘cortinas de fumaça’ para desviar o foco, sendo a pessoa menos recomendada para ter crédito em suas declarações.
Ele ainda declarou que Paulo Taques – na época, era assessor jurídico de Taques e recebeu a ata – apesar de ser acusado de ter sido o fraudador desta ata, merece todo o respeito, não acreditando na sua culpa. E que Taques virou político e hoje tem o sabor amargo de sua má-gestão, não entendendo de ata.
“Ele hoje é pessoa menos recomendada a falar deste assunto, que eu saiba ele não entende de ata, nem de fraude, ele entende é de Grampolândia”, ironizou.
Ele ainda explicou que a fraude não prevê a inelegibilidade de Medeiros, podendo ele continuar na disputa eleitoral. E sendo uma chapa una, vê atividades de ‘forças ocultas’ que apenas julga Medeiros como fraudador da ata, ou seja, excluiu Taques da culpa.
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