Euziany Teodoro
Única News
O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que deve retomar, de forma mais incisiva, as tratativas sobre o andamento do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá e Várzea Grande, nas próximas semanas.
Segundo ele, devido à pandemia da covid-19, o assunto foi posto em segundo plano, devido ao impedimento de reuniões. Ainda assim, afirma que o VLT continuou em pauta dentro do Governo do Estado, que ainda conduz os estudos técnicos.
“Nós estamos conduzindo essa pauta. Em razão da pandemia, não tiveram muitas reuniões que precisaríamos, mas não ficou parado. Nesse período, o Governo tomou uma série de ações. Nós vamos agora voltar (às tratativas), para que nas próximas semanas ou nos próximos meses, tenhamos todos os elementos técnicos e financeiros para tomar uma decisão que preserve o interesse público. Analisar se vamos decidir pela proposta A ou pela proposta B, quanto custaria cada uma, o porquê dela e qual impacto disso”, afirmou, em entrevista durante evento na manhã desta sexta-feira (28).
O governador pediu desculpas por não ter conseguido solucionar o problema ainda em 2019, seu primeiro ano de mandato.
“Eu nunca fiz nenhum anúncio. Peço desculpas por não ter conseguido terminar isso no primeiro ano. Eu tinha essa intenção, mas ano passado mudou três vezes o Secretário Nacional de Mobilidade Urbana, tivemos alguns problemas internos no Governo de Mato Grosso sobre atualização de relatórios, novo estudo de origem”, explicou.
Segundo ele, o diálogo com o Governo Federal será restabelecido o mais breve possível. “Nós fazemos as coisas com muita precisão e, acima de tudo, tecnicamente. Estamos falando com o Governo Federal, dialogando. Eles fazem parte do problema, então farão parte da solução”.
O VLT
As obras de implantação do VLT em Cuiabá e Várzea Grande estão paralisadas desde dezembro de 2014. Previstos para serem entregues ainda na Copa do Mundo daquele ano, os trilhos nunca chegaram à Capital.
Em 2015, o contrato, firmado com o Consórcio VLT passou a ser discutido em âmbito judicial. Já no final de 2017, a gestão passada do governo estadual decidiu romper unilateralmente o contrato com o Consórcio. A partir de 2018, a empresa recorreu à Justiça para tentar barrar a rescisão.
Em junho de 2019, a Justiça validou a rescisão do contrato. A rescisão foi feita por meio de Processo Administrativo (PAD) que originou-se após a Operação Descarrilho, deflagrada pela Polícia Federal e Ministério Público, em 2017, que indicou o pagamento de vantagens indevidas para gestores e empresas, assim como a membros do alto escalão do Governo na época, em esquema liderado pelo ex-governador Silval Barbosa. A Operação Descarrilho apontou os crimes de lavagem de dinheiro, fraude em processo licitatório e corrupção.
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