Da Redação
(Foto: Reprodução)

O ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa (PMDB) vai prestar novos depoimentos nesta quarta-feira (19), onde responde a uma ação penal na qual é acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de liderar um desvio de R$ 7 milhões dos cofres públicos por meio de uma fraude na compra de um terreno localizado na região do Manso que já pertencia ao governo do Estado.
O esquema veio à tona com a operação Seven deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em fevereiro de 2016. Os crimes atribuídos são de organização criminosa, lavagem de dinheiro, peculato e corrupção passiva.
Estão envolvidos na ação penal o ex-presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), Afonso Dalberto, o ex-secretário adjunto de Administração, José Nunes Cordeiro, o ex-secretário adjunto de Meio Ambiente, Wilson Gambogi Pinheiro Taques, os secretários de Estado Arnaldo Alves (Planejamento) e Pedro Nadaf (Casa Civil).
Também o procurador aposentado do Estado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, conhecido como Chico Lima, o analista da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Francisval Akerley da Costa e Cláudio Takayuki Shida, superintendente de Biodiversidade e o médico Filinto Correa da Costa.
O esquema criminoso já foi confessado pelo ex-presidente do Intermat, Afonso Dalberto, que firmou colaboração premiada com a Justiça em troca de redução ou até extinção da pena, e o ex-secretário Pedro Nadaf, em caráter de confissão confirmou em juízo a prática das fraudes.
Segunda fase da Sodoma
O ex-governador Silval Barbosa, confessou na última segunda (17), participação em chefiar uma quadrilha que desviou milhões dos cofres públicos.
"Depois de muitas reflexões durante preso, de cinco prisões, eu venho aqui e tenho a obrigação de retratar. Venho com uma outra postura. De falar de tudo que eu sei. Daquilo que eu participei e quem participou. A minha posição a partir de hoje é de confessar tudo", disse à juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda.
Silval conta que ficou acertado o pagamento de R$ 400 a R$ 450 mil reais e que Zilio levava de R$ 200 mil a R$ 240 mil para ele. O ex-governador confirma que fez nomeações para controlar os pagamentos legais da Secretaria de Fazenda (Sefaz).
O depoimento é relativo a segunda fase da Operação Sodoma, que apura cobrança de propina de empresas que firmaram contratos com o Governo do Estado. A principal delas, a Consignum, pagava cerca de R$ 500 mil por mês, sendo que o governador já admitiu em depoimento na Delegacia Fazendária ficar com cerca de R$ 350 mil.
Essa fase apura esquema consistente na exigência de propinas milionárias aos empresários Willians Mischur e Julio Tisuji, donos da Consignum e Webtech, respectivamente, em troca da concessão e manutenção dos contratos destas empresas com o Estado.
ENTRE EM NOSSO CANAL AQUI
RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS NO WHATSAPP! GRUPO 1 - GRUPO 2 - GRUPO 3