Por Suelen Alencar/ Única News
(Foto:reprodução)

O desembargador do Tribunal de Justiça (TJMT), Orlando Perri afirmou que vem sofrendo pressões desde que assumiu a investigação que envolve nomes do alto comado da Polícia Militar em um esquema de escutas calendestinas contra políticos, jornalistas, médicos e advogados.
Segundo Perri, as informações que o coronel Airton Siqueira registrou no Cartório 4º Ofício de Cuiabá, já era de seu conhecimento, há pelo menos 20 dias, e que desde que soube passou a receber ameaças veladas.
"Apesar de todas as pressões que venho sofrendo, procuro atuar com independência e retidão na apuração dos crimes. Os fatos denunciados pelo Cel. Airton Benedito de Siqueira Júnior já eram de meu conhecimento há mais de 20 dias, quando passei a receber ameaças veladas, visando a não emprestar a seriedade necessária às investigações", disse o desembargador.
O depoimento feito a Corregedoria-geral da Polícia Militar pelo secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), coronel Airton Siqueira Júnio revelou que Perri ordenou que ele atuasse pessoalmente na coleta e na realização dos relatórios das interceptações telefônicas do desembargador aposentado José Ferreira Leite e outros quatros juízes Marcelo Barros, Antônio Horácio, Irênio Lima Fernandes e Marco Aurélio Ferreira. Segundo Siqueira as escutas também eram para investigar possiveis desvios de recursos para uma loja maçônica.
Mais cedo, Perri disse a imprensa de que todas as escutas feitas a juízes teve aval de MP e diz que não largaria o processo. O desembargador ainda reafirma se manterá com o objetivo de desvendar os graves atentados à intimidade dos cidadãos mato-grossesnses.
"O propósito das denúncias é provocar minha suspeição ou impedimento para continuar à frente das investigações, ou, quando não desacreditar as decisões que tomei ou venha a tomar no curso delas, que procuram desvendar graves atentados à intimidade dos cidadãos mato-grossenses, vilipendiada, ao que tudo indica, em larga escala nos últimos tempos [...] não arrefecerão meu firme propósito de levar a bom termo as investigações, trazendo à luz todas as interceptações ilegais realizadas nos últimos anos, com revelação das vítimas e punição dos culpados", ponderou Perri.
Veja nota na íntegra:
Diante das declarações amplamente divulgadas na imprensa nesta data, nas quais me acusam de haver procedido à interceptação ilegal de a ocasião em que exerci a função de Corregedor-Geral da Justiça, de 2007 a 2009, venho a público esclarecer:
1 - Como é do conhecimento, a mim coube a relatoria dos investigatórios relacionados com a “grampolândia pantaneira” instada no Estado de Mato Grosso, objeto de matéria jornalística em âmbito nacional.
2 - Nessa condição, apesar de todas as pressões que venho sofrendo, procuro atuar com independência e retidão na apuração dos crimes.
3 - Os fatos denunciados pelo Cel. Airton Benedito de Siqueira Júnior já eram de meu conhecimento há mais de 20 dias, quando passei a receber ameaças veladas, visando a não emprestar a seriedade necessária às investigações;
4 - Quantos aos fatos em si, afirmo que as interceptações realizadas das e acompanhadas pelo Ministério Público Estadual pela então do Coordenadoria GAECO, por mim deferidas nos termos da lei de regência.
5 - O inescondível propósito das denúncias é provocar minha suspeição ou impedimento para continuar à frente das investigações, ou, quando não desacreditar as decisões que tomei ou venha a tomar no curso delas, que procuram desvendar graves atentados à intimidade dos cidadãos mato-grossenses, vilipendiada, ao que tudo indica, em larga escala nos últimos tempos.
6 - Por fim, os opróbrios lançados na denúncia não arrefecerão meu firme propósito de levar a bom termo as investigações, trazendo à luz todas as interceptações ilegais realizadas nos últimos anos, com revelação das vítimas e punição dos culpados.
Cuiabá, 6 de julho de 2017. Desembargador Orlando de Almeida Per
ENTRE EM NOSSO CANAL AQUI
RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS NO WHATSAPP! GRUPO 1 - GRUPO 2 - GRUPO 3