09 de Maio de 2025
facebook twitter instagram youtube

POLÍTICA Quinta-feira, 06 de Julho de 2017, 19:11 - A | A

06 de Julho de 2017, 19h:11 - A | A

POLÍTICA / INTIMIDANDO A JUSTIÇA

Magistrado conta que recebe ameaças desde que assumiu investigação

Por Suelen Alencar/ Única News



(Foto:reprodução)

1b22711505077fa7b6c91b3be371227f.jpg

 

O desembargador do Tribunal de Justiça (TJMT), Orlando Perri afirmou que vem sofrendo pressões desde que assumiu a investigação que envolve nomes do alto comado da Polícia Militar em um esquema de escutas calendestinas contra políticos, jornalistas, médicos e advogados.

 

Segundo Perri, as informações que o coronel Airton Siqueira registrou no Cartório 4º Ofício de Cuiabá, já era de seu conhecimento, há pelo menos 20 dias, e que desde que soube  passou a receber ameaças veladas. 

 

"Apesar de todas as pressões que venho sofrendo, procuro atuar com independência e retidão na apuração dos crimes. Os fatos denunciados pelo Cel. Airton Benedito de Siqueira Júnior já eram de meu conhecimento há mais de 20 dias, quando passei a receber ameaças veladas, visando a não emprestar a seriedade necessária às investigações", disse o desembargador. 

 

O depoimento feito a Corregedoria-geral da Polícia Militar pelo secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), coronel Airton Siqueira Júnio revelou que Perri ordenou que ele atuasse pessoalmente na coleta e na realização dos relatórios das interceptações telefônicas do desembargador aposentado José Ferreira Leite e outros quatros juízes Marcelo Barros, Antônio Horácio, Irênio Lima Fernandes e Marco Aurélio Ferreira. Segundo Siqueira as escutas também eram para investigar possiveis desvios de recursos para uma loja maçônica.

 

Mais cedo, Perri disse a imprensa de que todas as escutas feitas a juízes teve aval de MP e diz que não largaria o processo. O desembargador ainda reafirma se manterá com o objetivo de desvendar os graves atentados à intimidade dos cidadãos mato-grossesnses.

 

"O propósito das denúncias é provocar minha suspeição ou impedimento para continuar à frente das investigações, ou, quando não desacreditar as decisões que tomei ou venha a tomar no curso delas, que procuram desvendar graves atentados à intimidade dos cidadãos mato-grossenses, vilipendiada, ao que tudo indica, em larga escala nos últimos tempos [...] não arrefecerão meu firme propósito de levar a bom termo as investigações, trazendo à luz todas as interceptações ilegais realizadas nos últimos anos, com revelação das vítimas e punição dos culpados", ponderou Perri. 

 

Veja nota na íntegra:

 

Diante das declarações amplamente divulgadas na imprensa nesta data, nas quais me acusam de haver procedido à interceptação ilegal de a ocasião em que exerci a função de Corregedor-Geral da Justiça, de 2007 a 2009, venho a público esclarecer:

 

1 - Como é do conhecimento, a mim coube a relatoria dos investigatórios relacionados com a “grampolândia pantaneira” instada no Estado de Mato Grosso, objeto de matéria jornalística em âmbito nacional.

 

2 - Nessa condição, apesar de todas as pressões que venho sofrendo, procuro atuar com independência e retidão na apuração dos crimes.

 

3 - Os fatos denunciados pelo Cel. Airton Benedito de Siqueira Júnior já eram de meu conhecimento há mais de 20 dias, quando passei a receber ameaças veladas, visando a não emprestar a seriedade necessária às investigações;

4 - Quantos aos fatos em si, afirmo que as interceptações realizadas das e acompanhadas pelo Ministério Público Estadual pela então do Coordenadoria GAECO, por mim deferidas nos termos da lei de regência.

 

5 - O inescondível propósito das denúncias é provocar minha suspeição ou impedimento para continuar à frente das investigações, ou, quando não desacreditar as decisões que tomei ou venha a tomar no curso delas, que procuram desvendar graves atentados à intimidade dos cidadãos mato-grossenses, vilipendiada, ao que tudo indica, em larga escala nos últimos tempos.

 

6 - Por fim, os opróbrios lançados na denúncia não arrefecerão meu firme propósito de levar a bom termo as investigações, trazendo à luz todas as interceptações ilegais realizadas nos últimos anos, com revelação das vítimas e punição dos culpados.

 

Cuiabá, 6 de julho de 2017. Desembargador Orlando de Almeida Per

 

  ENTRE EM NOSSO CANAL AQUI  

RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS NO WHATSAPP! GRUPO 1  -  GRUPO 2  -  GRUPO 3

Comente esta notícia