Abraão Ribeiro | Única News
Thays Amorim | Do Local
O governador Mauro Mendes (DEM) disparou, em alto e bom som na tarde desta terça-feira (14), que pediu às autoridades policiais que investigassem de onde estariam vindo as notícias falsas, ditas ‘fake news’, que segundo ele circulam contra sua família, atingindo também sua honra.
O democrata fez referência, sem citar nomes, a Operação Fake News, deflagrada nesta manhã pela Polícia Judiciária Civil, e que teve como um dos alvos o empresário Marco Polo Pinheiro, o Popó Pinheiro, irmão do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), mesmo após ele ter se apresentado às autoridades competentes ontem (13), quando informações da operação vazaram para a imprensa.
Além de Popó, Luís Augusto Vieira Guto e William Sidney de Moraes também foram alvos da operação.
Indagado por jornalistas na Arena Pantanal, onde entrega brinquedos para mais de 10 mil crianças, Mendes não mediu palavras para atacar os possíveis disseminadores de ‘fake news’ em Mato Grosso.
“Pessoas malandras, sem vergonhas, irresponsáveis. Eles têm que fazer esse tipo de ação e fazer a polícia perder tempo com esse tipo de pessoas. Então eu lamento eles terem atacado não só a mim, mas a minha família, a minha esposa, os meus filhos e atacaram tantas outras pessoas. É uma quadrilha como tenho dito lá pela polícia, que se especializa em espalhar mentiras, espalhar inverdades e eu lamento profundamente a gente tem que gastar o nosso tempo, da polícia, de gastar o seu tempo para ficar perseguindo esse tipo de criminoso”, disparou o governador.
Ainda questionado pela imprensa sobre rumores de que ele mesmo teria pedido para a Polícia Civil investigar a provável ação virtual criminosa, Mauro confessou que sim, que partiu dele, e de “outras pessoas”, a denúncia que desencadeou a operação que teve como alvo o empresário Popó Pinheiro.
“Sim, partiu de mim [a denúncia] e de outras pessoas, porque além de atacar a minha família, eles atacam outras pessoas. São vários inquéritos, é uma quadrilha que se especializou em esparramar mentiras e fake news. Eu espero que eles recebam aquilo que a lei determina”, finalizou Mendes, sendo puxado pelos seguranças e assessores para encerrar a entrevista.
Outro lado
A defesa do empresário Marco Polo Pinheiro, patrocinada pelo advogado Francisco Faiad, publicou uma nota na manhã desta terça-feira afirmando que a Operação Fake News, deflagrada pela Polícia Judiciária Civil (PJC), foi "midiática em decorrência de questões políticas".
“Preferiu-se a operação midiática, obviamente por questões políticas. A defesa aguardará as apurações mas desde já garante a inocência de Marco Polo, sendo que os excessos serão objeto de representações conforme prevê a lei”, afirmou Faiad.
A residência de Popó foi alvo de um mandado de busca e apreensão nesta manhã. Foram apreendidos aparelhos celulares e tablets utilizados em pesquisa pela sua empresa.
A operação já havia sido vazada pela imprensa na última segunda-feira (13). Se adiantando contra a possível operação, Popó se apresentou à PJC ainda na segunda, espontaneamente, para esclarecer os fatos sobre a divulgação de supostas notícias falsas envolvendo o governador Mauro Mendes (DEM) e a primeira-dama Virginia Mendes.
Popó negou as acusações e se colocou à disposição do Ministério Público Estadual (MPMT) e da Justiça para possíveis esclarecimentos.
Mesmo se apresentando espontaneamente e colocando objetos pessoais, como celulares e computados à disposição, a operação foi deflagrada nesta terça. Segundo a defesa, nenhum dos requerimentos para a realização de uma oitiva, sem a necessidade da operação, teve um retorno da PJC.
ENTRE EM NOSSO CANAL AQUI
RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS NO WHATSAPP! GRUPO 1 - GRUPO 2 - GRUPO 3