Por Andréia Sadi
(Foto: Getty Images)
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discutiu com seus advogados Roberto Teixeira e José Roberto Batochio, além da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad antes de desistir do recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar a discussão sobre a sua candidatura à Presidência da República.
Com a desistência, na prática, o STF não deve analisar mais a inelegibilidade. Se o plenário decidisse que Lula está inelegível, o ex-presidente não teria outra instância para recorrer.
Mas se a discussão sobre o tema ficar com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a defesa de Lula poderá, em tese, recorrer ao STF.
Ao blog, Haddad contou que os advogados explicaram ao ex-presidente nesta segunda-feira (6), em Curitiba, que a melhor estratégia era abrir mão do recurso ao STF, apesar de ser um "prejuízo para a defesa" do ex-presidente, mas que visava "evitar uma manobra" .
"Lula disse: não troco minha dignidade pela minha liberdade. Falamos do que já foi uma manobra no caso do habeas corpus. Aí, ele falou: se há risco, abra mão [do recurso] e me registre no dia 15", contou Haddad à reportagem.
Haddad será vice de Lula. Se Lula for impugnado pela Justiça Eleitoral, porque é ficha suja, Haddad assumirá a cabeça de chapa e Manuela D'Ávila (PcdoB) será a vice.
O PT tem expectativa zero em relação ao TSE e vai aguardar o fim do trâmite no tribunal para fazer a troca no registro. O partido tem até dia 17 de setembro para anunciar que Haddad será o candidato à presidência.
Enquanto isso, o ex-prefeito de São Paulo vai rodar o país com Manuela D Avila, já em campanha. "Lula foi claro para mim que precisava de alguém neste período para o representar", afirmou Haddad.
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